quarta-feira, 31 de março de 2010

EXCLUSIVO: Rui Costa teria plano de também ser candidato a prefeito em 2012

Petistas que foram ontem à festa de “despacho” do secretário de Relações Institucionais, Rui Costa (ver aqui), saíram convencidos de que ele tem planos mais ousados do que se tornar o campeão de votos a deputado federal na coligação liderada pelo PT nestas eleições.

Por trás da estratégia de assegurar uma votação de dar inveja, ele nutriria também o sonho – já alimentado por Nelson Pelegrino e Walter Pinheiro – de disputar a Prefeitura de Salvador em 2012. Elementos a comprovar o projeto? Já cooptou um vereador em Salvador, Dr. Giovanni.

Também conseguiu “vitoriosamente” emplacar o sucessor na secretaria de Relações Institucionais – César Lisboa – e ainda asumir a co-paternidade da indicação para a secretaria de Desenvolvimento Urbano de Cícero Monteiro, amigo pessoal da família Wagner.

PSDB leva cerca de 4.000 convidados para despedida de Serra

O PSDB de São Paulo conseguiu levar ao menos 4.000 convidados para a cerimônia de balanço do governo José Serra. Oficialmente, ele deixa o governo na sexta-feira. Mas a cerimônia de hoje foi transformada numa despedida de Serra do cargo. Pelos cálculos do cerimonial do Palácio dos Bandeirantes, 4.000 pessoas foram à despedida. Há muitos prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais e senadores entre os convidados. Entre os senadores estão os senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Flávio Arns (PSDB-PR).

“A ideia do partido é que o Serra compartilhe esse momento com quem esteve ao lado dele e trabalhou para que isso acontecesse”, afirmou o secretário-geral do PSDB-SP, César Gontijo. Serra sai do governo para disputar a eleição presidencial. O lançamento oficial da pré-candidatura acontece no dia 10 em Brasília. Gontijo afirmou ter enviado 8.000 convites, desde sexta-feira passada, para os filiados tucanos no Estado. “O militante fez a campanha e emprestou o Serra para o governo”. Informações da Folha Online.

Em filiação, Otto se compara com vice de Lula até na luta contra o câncer

Num discurso emocionado em que se comparou ao vice de Lula, José Alencar, até na luta contra o câncer, o ex-conselheiro do TCM Otto Alencar assumiu publicamente a doença durante evento de filiação ao PP e defendeu as alianças que o governador Jaques Wagner tem feito para ganhar as eleições de outubro, consideradas pela oposição e setores da esquerda baiana como “fisiológicas”.

“O Alencar de Lula enfrentou um câncer, eu também enfrentei. Vou ganhar a luta do câncer e vamos ganhar a eleição também”, afirmou. “Como dizem os amigos da pelada, vamos ganhar essa eleição por W.O.: Wagner e Otto”, disse, declarou, obserando que o humor e a cooperação eram o melhor remédio para o coração, que o obrigou, recentemente, a submeter-se a um cateterismo, depois de extrair um câncer de próstata.

O presidente estadual do PP, Mário Negromonte, como o governador, também admitiu, em discurso, que houve um pequeno desentendimento na negociação com o governo, manifestando sua preferência em que o partido indicasse a vaga para o Senado e não a de vice, posto que será disputado por Otto Alencar. Ele observou, entretanto, que as divergências foram superadas e que o partido está agora firme na aliança com o governo.

Em filiação de Otto, Wagner diz que indicação a vice visou contemplar Borges

O governador Jaques Wagner (PT) assumiu, hoje, durante discurso na solenidade de filiação de Otto Alencar ao PP, na sede do partido, responsabilidade pelo que considerou um ruído de comunicação no processo de negociação do governo com o partido, pelo qual o ex-conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios será o candidato a vice em sua chapa. Repetindo o que fizera em Feira de Santana, em evento com o prefeito Tarcízio Pimenta (DEM), pela manhã, ele voltou a citar o nome do senador César Borges (PR), indicando que a escolha de Otto para vice objetivou também contemplar o republicano como candidato ao Senado em sua chapa. “Não caberia a um senador (César Borges) não pleitear a reeleição. Situação nova, novas conversas”, disse Wagner, completando:

“Se em algum momento, um ruído de comunicação aconteceu, muito explorado por aqueles que apostaram em não viver a nossa vitória, quero deixar claro que a responsabilidade me pertence. Se ruído houve, foi porque o acertado com o PP, e com Otto, foi de que a vaga seria do Senado. Eu pedi, não impus, a ambos que mudassem essa posição e que acolhessem esse pedido, para que pudéssemos compor. Quero agradecer a ambos”, declarou. O petista disse que irá “reparar” os ruídos dando “conforto e tranqüilidade” a todos. Também admitiu que o PP saiu prejudicado na negociação, mas pediu compreensão em torno de um objetivo comum. “Eu não acredito em quem me diz que não tem vaidade. A única coisa que eu peço sempre aos que me acompanham na caminhada é que a vaidade individual de cada um de nós esteja pelo ao menos um degrau abaixo da vaidade coletiva para a gente construir o projeto”, declarou

Cacique do PP João Leão boicota filiação de Otto

Apesar da animação que tomou conta do PP, de Otto Alencar, que filiou-se ao partido, e do governador Jaques Wagner e seus correligionários, não passou despercebida a ausência do deputado federal João Leão da festa de filiação do ex-conselheiro do TCM à agremiação, na tarde de hoje, na sede da legenda.

Comandante baiano da legenda junto com o deputado federal Mário Negromonte, presidente regional do PP, Leão mandou avisar a amigos que precisara permanecer em Brasília a fim de atender a compromissos previamente agendados, apesar de a capital federal ter amanhecido hoje praticamente vazia neste início de feriadão.

O ex-secretário de Infraestrutura de Jaques Wagner também avisara que de Brasília viajaria no feriadão para destino desconhecido, no que foi interpretado como uma espécie de recado velado de que não ficara muito contente com a negociação conduzida com o governo pelo partido, que, além de filiar Otto, aceitou sua indicação para candidato a vice de Wagner.

De acordo com amigos de Leão, ele alimentou durante muito tempo o sonho de lançar-se candidato ao Senado na chapa do governador, tendo diversas vezes se referido à idéia como uma possibilidade concreta. O afastamento de Leão também coincide com especulações de que teria entrado em choque com Negromonte por causa da sucessão na Seinfra.

A suspensão de um número signiticativo de licitações na pasta teria enfraquecido Leão ao final de sua gestão na secretaria, levando o governador a optar por um afilhado de Negromonte para sucedê-lo, Wilson Brito, em detrimento do nome que o secretário apresentara para substituí-lo.

Ao sair do ministério, Dilma chora e fala em "alegria triste"


A pré-candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, se emocionou ao fazer o discurso de despedida do Ministério da Casa Civil nesta quarta-feira (31) em uma cerimônia no Palácio do Itamaraty, em Brasília. "Nós somos companheiros de uma jornada, de uma missão. Uma missão especial, uma alegre melancolia, ou uma alegria triste. Nós saímos de um governo, que nós consideramos que mais fez pelo povo deste país, e nós o abandonamos hoje", avaliou Dilma, que proferiu o primeiro discurso do evento, com voz embargada.

"Não somos aqueles que estão dizendo 'adeus', somos aqueles que estão dizendo 'até breve'. Sob a sua inspiração de quem fez tanto, estamos prontos para fazer mais e melhor", disse a agora ex-ministra. "Nos orgulhamos de ter participado do seu governo. Não importa perguntar porque alguns não têm orgulho dos governos de que participaram. Eles devem ter seus motivos. Mas nós temos patrimônio, fizemos parte da era Lula. Vamos carregar essa história e levá-la para os nossos netos", afirmou Dilma, que ainda atacou os críticos do governo, dizendo que estes "não sabem o que oferecer a um povo orgulhoso".
O evento teve início com a assinatura dos termos de posse dos 10 novos ministros pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os sucessores irão ocupar as vagas dos titulares que concorrem às eleições em outubro. O prazo para a desincompatibilização terminava nesta semana.
Reinhold Stephanes saiu do Ministério da Agricultura para concorrer a deputado federal pelo PMDB no Paraná. Em seu lugar, entrou o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi. Na Casa Civil, como já era esperado, quem assume o lugar de Dilma é a secretária-executiva da pasta, Erenice Guerra.

O sucessor do ministro das Comunicações, Hélio Costa, será o secretário-executivo do ministério, José Arthur Filardi. A saída de Costa confronta a do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Ambos pretendem concorrer ao governo de Minas Gerais. Na pasta que pertencia a Patrus, ficará Márcia Lopes, ex-secretária-executiva.

Do ministério da Igualdade Racial, Edson Santos vai tentar se candidatar à Câmara dos Deputados pelo PT do Rio de Janeiro. Em seu lugar, toma posse o secretário-adjunto Eloi Ferreira de Araújo. Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, se candidatará ao governo da Bahia. O secretário-executivo da pasta, João Santana Filho, assume.

No Ministério do Meio Ambiente, Carlos Minc será sucedido pela secretária-executiva Izabella Teixeira. Minc tentará uma vaga na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Edison Lobão sai do Ministério de Minas e Energia e toma posse o secretário-executivo Márcio Zimmerman. Lobão volta ao Senado.

Na Previdência Social, sai José Pimentel – que tentará vaga no Senado – e entra o secretário-executivo Carlos Eduardo Gabas. Já na pasta dos Transportes, Alfredo Nascimento dá lugar ao secretário-executivo Paulo Sérgio Passos. Nascimento tentará ser eleito governador de Amazonas.

terça-feira, 30 de março de 2010

EXCLUSIVO: Wagner prefere “mil vezes” Roberto Muniz a Leão em sua chapa, diz governista

Fonte governista muito próxima do governador Jaques Wagner (PT) assegurou há pouco ao Política Livre que “nem que a vaca tussa” ele aceitará a idéia de conceder a segunda vaga ao Senado ao secretário estadual de Infraestrutura, João Leão, do PP, deslocando a deputada federal Lídice da Mata (PSB) para sua vice.

“O governador trabalha com o cenário de um candidato mais à direita e outro à esquerda para as vagas ao Senado em sua chapa”, disse a mesma fonte, observando que, na hipótese de a ida de Otto Alencar para sua vice ser inviabilizada, ele preferiria dar o posto para o secretário estadual de Agricultura, Roberto Muniz, do PP.

“Ele (Wagner) gostou muito do trabalho de Roberto Muniz na administração. Confia nele, preferiria ele mil vezes para vice do que jogar Leão no Senado”, completou o petista, sem querer dar pistas sobre o motivo para “o alto índice de rejeição de Leão” na articulação do governo como opção para integrar a chapa de Wagner.

O clima contra uma eventual indicação de Leão para companheiro de chapa do governador contrasta com especulações que circulam desde ontem nos meios políticos segundo as quais haveria intensa articulação no PR e no PP para fazer figurá-lo como candidato ao Senado ao lado do senador César Borges (PR).

Por estes mesmos rumores, a participação do secretário do PP na chapa seria mais um desejo do senador César Borges do que do próprio governador. Combatido fortemente pelo PT, o republicano estaria preocupado com a possibilidade de disputar o Senado ao lado de uma esquerdista, como Lídice.

Temeria que as esquerdas e simpatizantes descarregassem seus votos na socialista, isolando-o, num cenário com outros componentes complicadores, porque teria que enfrentar outros candidatos de outras chapas que disputam o mesmo eleitorado dele.

Meirelles se reúne com Lula nesta terça para discutir candidatura

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, se reúne nesta terça-feira às 15h com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir se deixa o governo para se candidatar às eleições de outubro. Há especulações de que Meirelles concorreria a uma vaga no Senado Federal, pelo estado de Goiás, ao governo do estado, ou à vice-presidência da República na chapa de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele é filiado ao PMDB. Nesta segunda-feira (29), ao ser questionado sobre a possível saída de Meirelles do governo, Lula disse ainda haver tempo para uma decisão. “Tem muito tempo ainda [para Meirelles resolver se deixa o BC]. Vinte e quatro horas para mim é um tempo infinito”, disse Lula no Itamaraty, logo antes de receber o presidente do Uruguai, José Mujica. Na próxima quarta (31), Lula empossa os substitutos dos cargos deixados ministros que saírem governo. A expectativa é de que mais de 10 ministros se candidatem a cargo eletivo. O prazo de desincompatibilização termina no final desta semana. Informações do G1.

Governo começa a desincompatibilizar secretários e gestores

O Diário Oficial do Estado de hoje traz as exonerações de três secretários de governo que já formalizaram seus pedidos de desincompatibilização: João Leão (Secretaria de Infraestrutura – SEINFRA), Domingos Leonelli (Secretaria do Turismo – SETUR) e Juliano Matos (Secretaria do Meio Ambiente – SEMA) deixam seus cargos hoje.

Além deles, os secretários Rui Costa (Secretaria de Relações Institucionais – SERIN), Afonso Florence (Secretaria de Desenvolvimento Urbano – SEDUR), Walter Pinheiro (Secretaria do Planejamento – SEPLAN), Nelson Pelegrino (Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos – SJCDH), Valmir Assunção (Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza – SEDES) e Roberto Muniz (Secretaria de Agricultura – SEAGRI) terão suas exonerações publicadas amanã.

As substituições ainda estão sendo definidas e, até agora, já estão confirmados os nomes de Cícero Monteiro (SEDUR), Paulo Cézar Lisboa (SERIN), Antônio Carlos Marcial Tramm (SETUR) e Eduardo Salles (SEAGRI). Os três últimos ocupam a chefia de gabinete das respectivas secretarias e Cícero Monteiro é o atual diretor da CERB.

Bilionário excêntrico do PMDB doido para tomar uma “torneiral” em Salvador e RMS

Deu em A Tarde: “João Cavalcanti, o milionário da mineração que vai estar na chapa de Geddel, deu entrevista ontem pela manhã a Raimundo Varela na Tudo FM. Três pontos a destacar: 1 – Ainda não decidiu se será vice ou disputa o Senado (está mais para o Senado). 2 – Decidiu disputar mandato porque depois da morte de ACM o embate político baiano virou ‘um balaio de gatos’. 3 – Um dos sonhos dele é botar água mineral nas torneiras de Salvador e RMS.” O cheio da bufunfa, que, segundo relatos, foi pobre na infância e hoje se dá, entre outros luxos, o de manter um hometheater em casa para um gato de estimação com problemas psicológicos - também segundo relatos, claro - deve ser doidão para tomar uma boa “torneiral” ao chegar da rua, cansado de mais um dia estafante de trabalho, igualzinho como se faz nos lares mais simples da Europa e EUA.

Primeiríssima mão: Otto fecha candidatura a vice de Wagner


O conselheiro Otto Alencar, do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), acaba de bater o martelo e fechar sua participação na chapa do governador Jaques Wagner (PT) na condição de candidato a vice. A decisão foi tomada depois de uma longa reunião que os dois tiveram agora pela manhã no Palácio de Ondina. O conselheiro também decidiu ingressar no PP. Ainda não foram divulgados detalhes da negociação.

quinta-feira, 25 de março de 2010

EXCLUSIVO: Jonas Paulo comemora aliança com Borges e diz que proporcional não deve preocupar petistas

Em conversa ontem com o Política Livre (ver aqui), o presidente estadual do PT, Jonas Paulo, praticamente comemorou, pela primeira vez, abertamente, o fechamento da aliança do governador Jaques Wagner com o senador César Borges (PR), destacando que o petista celebra, na Bahia, uma aliança que envolve a imensa maioria das forças do governo de coalizão liderado pelo presidente Lula.

Ele ainda ironizou o PMDB, que afastou-se de Wagner, apesar de ter integrado o governo até o ano passado, para lançar a candidatura do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) ao governo, ao afirmar que “infelizmente” o partido “buscou um caminho diferente, contrariando a estratégia nacional, que é a de aglutinar as forças da base do presidente nos estados”.

Pela primeira vez, o presidente petista também expôs a visão do partido sobre a composição da chapa proporcional, motivo de preocupação principalmente entre os deputados estaduais e federais da legenda, que temem ver suas eleições inviabilizadas pela amplitude da coligação exigida pelos aliados. “A discussão proporcional não é ideológica nem programática, é aritmética e eleitoral”, disse Jonas.

Ele esclareceu que o objetivo do PT é construir uma maioria sólida na Assembleia Legislativa e na bancada federal até para que a governabilidade não seja “um pesadelo”, na Bahia, e, no plano federal, os parlamentares possam articular recursos federais para o Estado. Segundo Jonas, o PT tem como objetivo aumentar sua bancada federal em 20% – chegando a 10 deputados – e a estadual, entre 30% e 40%.

Isso significaria eleger entre 13 e 14 deputados à Assembleia Legislativa. Segundo Jonas, o lançamento de duas coligações de deputado estadual, como alternativa para que o PT não perca posições, como ocorreria, supostamente, num chapão com todos os partidos juntos, não corresponde à realidade, porque já está previsto o registro de mais de 200 candidatos ao Legislativo estadual entre as legendas aliadas.

“Só o PT tem 53 candidatos a estadual. Pode ter até três coligações na disputa à Assembleia. Não importa. Hoje temos seis partidos, sem contar, oficialmente, com o PR. Deveremos chegar a 10 ou 11. Quanto mais candidatos proporcionais, melhor para a majoritária, porque isto lastreia a campanha ao Executivo”, disse Jonas, lembrando da sucessão municipal em Salvador, no ano passado, como uma lição.

“(O prefeito) João Henrique em Salvador tinha mais de 400 candidatos a vereador e (Walter) Pinheiro (candidato do PT contra o prefeito) tinha 120. Isto ajudou muito o prefeito, porque deu capilaridade à sua campanha na capital. Agora, vamos buscar com que todas as forças cresçam”, disse, observando que o PT vai focar na estratégia de aumentar “as condições gerais de elegebilidade dos atuais detentores de mandato do partido”.

Oposição na AL cobra explicação de Wagner sobre anulação de licitações para recuperar estradas

O líder da oposição na Assembléia Legislativa (AL), deputado Heraldo Rocha (DEM), cobrou hoje em pronunciamento no plenário da Casa, explicações do Governo do Estado sobre o cancelamento de 14 editais que previam a recuperação de rodovias baianas. “O governador Wagner tem que dar satisfação ao povo baiano porque foram suspensas as concorrências para a recuperação de 14 delas”, arguiu o líder.

De acordo com Heraldo Rocha, a revogação das licitações foram publicadas na edição do Diário Oficial do último final de semana. Entre as rodovias que tiveram a recuperação cancelada pelo governo do Estado estão a estrada que liga os municípios de Serrinha a Biritinga, o acesso á cidade de Ponto Novo, a estrada que liga remanso a Campo Alegre de Lourdes, o acesso ao município de Filadélfia e a estrada ligando Ilhéus e Uruçuca. “Isso para não falar na recuperação das pistas do CAB para a realização da prova de Stock Car de Salvador, neste ano, cuja licitação também foi cancelada”, disse o deputado.

Wagner inaugura nova Cadeia Pública de Salvador

O governador Jaques Wagner inaugurou (PT), nesta quinta-feira, a nova Cadeia Pública de Salvador. A unidade tem capacidade para abrigar 752 detentos provisórios de Salvador e Região Metropolitana. Com investimentos de R$ 34 milhões, a nova cadeia vai custodiar os presos que estão em delegacias aguardando sentença. Construída em sistema de monoblocos fabricados em concreto de alto desempenho, a unidade, segundo o governo, possibilitará também maior segurança na custódia, já que a circulação dos presos é separada dos agentes penitenciários, os quais abrem e fecham as portas das celas por uma passarela superior, de onde também controlam e operam todas as instalações elétricas e hidráulicas.

Aécio diz que embate ainda não começou e Serra tem “chances reais” de vitória

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou nesta quinta-feira que o embate eleitoral ainda não começou e o presidenciável tucano, José Serra, tem “chances reais de vencer” as eleições. “O embate ainda não começou. No momento em que o embate se der entre os candidatos, entre a história dos candidatos, entre a visão de Brasil dos candidatos, os limites a qual cada um estará amarrado, acho que temos chances reais de vencer essas eleições e vejo no governador José Serra toda qualidade, toda história política para vencer e ser um grande presidente de República”. Informações da Folha Online.

Serra e Dilma disputam conquistas na área de saúde

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), do PT, travaram hoje uma disputa em torno das realizações dos governos federal e estadual na área da saúde. Em cerimônia para entrega de 650 ambulâncias da rede de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para 573 municípios do País, na fábrica da Rontan, em Tatuí (SP), os principais pré-candidatos à Presidência da República fizeram discursos enaltecendo suas conquistas e os benefícios que levaram à população.

Saudada pelo nome por uma plateia formada por trabalhadores da empresa, Dilma, pré-candidata do PT, destacou que o evento representava o “casamento” entre o desenvolvimento social e o econômico. A ministra disse que, até o final do ano, o País contará com uma frota de 3,8 mil ambulâncias do Samu. “Sabemos o quanto é terrível você precisar de um atendimento médico e não ter acesso a ele de forma imediata”, disse a ministra. “Num País que quer ser grande, a saúde também tem de ser grande”, afirmou. Já Serra voltou a lembrar em discursos sua experiência como ministro da Saúde do governo FHC para fazer elogios ao Sistema Único de Saúde (SUS). Informações da Agência Estado.

PT trata aliados como empregados, diz Ciro

Em entrevista ao programa “3 a 1″, da TV Brasil, exibido na noite de ontem, o pré-candidato do PSB à Presidência da República, deputado federal Ciro Gomes (CE), disse que o PT trata os aliados “como empregados” e que exige respeito do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ciro reiterou que não é candidato a vice, mas a presidente, e que se considera “mais preparado” que a pré-candidata do PT, ministra Dilma Rousseff.

“Sou aliado do PT. Mas sou aliado que exige respeito. O PT tem mania de tratar seus aliados como seus empregados. Eu exijo respeito”, afirmou o deputado. “Acho que o PT teme que eu ultrapasse a Dilma na campanha. E se o PT teme que eu vá passar a Dilma, eu, que estou trabalhando nas unhas, então ela vai perder para o Serra”, disse, citando o futuro candidato do PSDB, o governador de São Paulo, José Serra. Informações da Agência Estado

Suplência de Lídice para Senado causa cobiça no PSB

No PSB, cresce a pressão para que a deputada federal Lídice da Mata (PSB) escolha um suplente que impulsione sua candidatura ao Senado, principalmente em termos eleitorais, transformando-a na senadora mais bem votada da Bahia. Seria uma forma de os defensores da tese insinuarem que o ex-secretário, ex-deputado e ex-presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi - primeiro nome que apareceu para fazer companhia a Lídice na chapa na condição de suplente - não preenche os requisitos necessários à alavancagem da candidata.

terça-feira, 23 de março de 2010

Eleição indireta no DF já tem um candidato, do PTB

A eleição indireta que pode eleger o novo governador do Distrito Federal já tem um candidato, Darlan Rodrigues, do PTB, que registrou a candidatura na sexta-feira.Pode se candidatar na eleição indireta qualquer cidadão brasileiro filiado a partido político com domicílio eleitoral no Distrito Federal, em pleno exercício dos direitos políticos e que tenha, no mínimo, 30 anos. A Mesa Diretora da Câmara Legislativa do DF já se reuniu para decidir os critérios e o calendário da possível eleição indireta. Pela decisão do TRE-DF, a eleição precisa ocorrer até o dia 17 de abril.

Até lá os deputados distritais precisam aprovar, em segundo turno, uma proposta de emenda à Lei Orgânica do DF que determina a eleição indireta para eleger governador e vice em vacância nos últimos dois anos de governo. Hoje, a Lei Orgânica prevê uma linha sucessória para ocupar o cargo de governador, composta pelo vice-governador, pelo presidente da Câmara Legislativa, pelo vice-presidente da Câmara e pelo presidente do Tribunal de Justiça (TJ). Informações do G1.

Metade das obras do PAC ainda não saiu do papel, diz estudo

Análise feita pela ONG Contas Abertas sobre os números de execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) indica que só 11,3% das obras foram concluídas desde 2007. De acordo com relatórios estaduais divulgados pelo comitê gestor do PAC, dos 12.163 empreendimentos, 54% não saíram do papel e apenas 1.378 foram concluídos depois de três anos de implantação. Conforme a Contas Abertas, isso significa que apenas 11,3% das obras terminaram.

A Casa Civil contestou o cálculo da Contas Abertas. Afirmou que 40% das obras já foram concluídas, relativas a investimentos de R$ 256,9 bilhões. Segundo a assessoria do ministério, na divulgação dos balanços não constam as obras de saneamento e habitação porque são executadas por Estados e municípios. Informações do Estadão.

DIAP aponta César Borges como favorito ao Senado na Bahia



Estudo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) divulgado hoje aponta o senador César Borges (PR) como favorito para a primeira vaga ao Senado pela Bahia, nas eleições de outubro. O Diap não apontou favorito para a segunda vaga baiana. O levantamento analisa a disputa para o Senado em todos os estados do país e foi publicado nesta terça-feira (23) pelo jornal Valor Econômico. De acordo com o diretor do instituto, Antonio Augusto de Queiroz, das 54 vagas do Senado em jogo este ano, 14 ou 15 serão de senadores que conseguirão a reeleição, entre eles César Borges.

De acordo com o estudo do Diap, além de César Borges, estão entre os favoritos para a reeleição, conquistando a primeira vaga nos seus estados, os senadores Paulo Paim (PT-RS), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Delcídio Amaral (PT-MS), Renan Calheiros (PMDB-AL), Edison Lobão (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR), Demóstenes Torres (DEM-GO) e Cristovam Buarque (PDT-DF). O balanço mostra que outros senadores com mandato podem enfrentar problemas para a reeleição, como os líderes do PSDB, Arthur Virgílio, e DEM, José Agripino.

SAC monta operação especial para título de eleitor

Cinco postos SAC de Salvador iniciam a partir de 5 de abril uma operação especial de atendimento para as demandas do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Serviços como retificação de dados cadastrais, 1ª e 2ª vias do Título de Eleitor e transferência do título poderão ser feitos, exclusivamente por agendamento prévio, nos postos SAC Barra, Iguatemi, Comércio, Cajazeiras e Periperi. O atendimento também será possível na sede do TRE, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), por demanda livre. Para ter acesso aos serviços nos postos SAC, o cidadão deve agendar atendimento, com pelo menos 24 horas de antecedência, através do Call Center do SAC (0800 071 5353) que funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 8h às 18h.

Parlamentares desistem da vida pública e afirmam discordar do sistema político

Um fenômeno crescente no país está fazendo com que deputados desistam de disputar as eleições deste ano. Esse fenômeno, tido com um desestímulo coletivo em relação à política, é causado por vários fatores, mas todos desembocam em insatisfações pessoais de parlamentares em relação às regras políticas vigentes. Em entrevistas, três nomes de peso na política nacional – José Eduardo Cardozo (PT-SP), Roberto Magalhães (DEM-PE) e Fernando Coruja (PPS-SC) – apontaram os principais motivos que os levaram à aposentadoria parlamentar. Entre eles, estão as incoerentes regras eleitorais e a falta de vontade política para realizar uma concreta reforma política; a ditadura ilegítima das maiorias no Congresso, que impõe no Legislativo pretensões do Executivo; e os desgastes da imagem política na sociedade.

Borges confirma convite de Wagner, mas diz que acordo ainda não está fechado

O senador César Borges (PR), em entrevista ao site Terra Magazine, confirmou que foi convidado pelo governador Jaques Wagner (PT) para participar da chapa governista, mas que o acordo ainda não foi fechado, por faltar decidir algumas questões. “Nós já conversamos sobre tudo isso (sobre nomes ao Senado), mas faltam os acertos para as proporcionais e, principalmente, falta uma palavra final, formal, o anúncio por parte do governador”, disse Borges.

Filadelfo Neto propoe dobradinha com Vereador Alan Fialho

o Ex-deputado Filadelfo Neto esteve nesta última semana visitando Mata de São João com o intuito de uma possível dobradinha com o Vereador Alan Fialho, que postula uma vaga no Legislativo Federal. Filadelfo Neto que pleteiou a vice-prefeitura de Alagoinhas no ano de 94, na primeira disputa entre Paulo Cezar (PFL) e Joseildo Ramos (PT), não obtendo êxito. Agora entra novamente no páreo pleiteando uma cadeira para legislativo Estadual, cadeira que esteve por dois mandatos. Nesta parceria estaria sendo negociado inclusive a reativação do Hospital da Mulher e da Criança em Alagoinhas. " Nesta fase inicial com certeza é interessante ouvir todos, inclusive pessoas com um histórico político como o do ex-deputado Filadelfo Neto a quem tenho muito apreço" afirma o edil.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Curso de Gestão de Finanças Pessoais

Oposição na Bahia também tem vários nomes querendo o Senado

Apesar de quase não ter disputa na seara da oposição para indicar os nomes que irão concorrer ao Senado, em alguns estados a disputa não se restringe às legendas que apoiarão a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Um dos poucos exemplos é o Paraná, onde os tucanos Flávio Arns e Gustavo Fruet disputam entre si e com Abelardo Lupion, do DEM. Na Bahia, Antônio Imbassay e Nilo Coelho, do PSDB, são concorrentes e ao mesmo tempo precisam ficar de olho no DEM (ACM Jr., José Carlos Aleluia e José Ronaldo são pré-candidatos).

As disputas devem ter reflexo no Congresso para ambos os lados, além do constrangimento nos palanques. As candidaturas ainda podem mudar até junho, data das convenções. Para o governo, uma crise na base pode ser fatal no Senado. Além dos projetos do pré-sal, há medidas provisórias de extrema importância na pauta. Informações da Folha.

Lula está de olho no cargo de secretário-geral da ONU, diz “The Times”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria considerando a possibilidade de suceder Ban Ki-moon no cargo de secretário-geral da ONU, segundo afirma reportagem publicada neste sábado pelo diário britânico “The Times”. Segundo o diário, “diplomatas dizem que Lula, que deixa o cargo em janeiro, pode buscar o posto mais alto da diplomacia mundial quando o primeiro mandato de Ban Ki-moon expirar, no fim de 2011″. “A ideia teria sido aventada pela primeira vez pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, durante a reunião de cúpula do G20, em Pittsburgh, em setembro”, comenta o diário. Informações da BBC Brasil.

Disputa por prefeitos acirra ânimos na al AL Assembléia

Faltando ainda quatro meses para o início oficial das campanhas eleitorais, a grande movimentação nos corredores e gabinetes da Assembleia Legislativa é pela cooptação de votos no interior do estado. À frente das máquinas administrativas dos municípios, os prefeitos são peças cobiçadas do tabuleiro político – um dos melhores caminhos para se chegar até o eleitorado.

É nesse clima que uma guerra já foi instalada entre deputados de todas as alas e partidos pelo apoio de prefeituras, especialmente aquelas das regiões mais carentes de intervenções públicas para garantir obras e recursos – forma mais fácil de conquistar votos.

Perder uma base política é o grande temor de muitos parlamentares e nesta pré-campanha o que muitos tem feito é dar o máximo de assistência aos apoiadores. Nesse trabalho de manutenção das bases vale tentar de última hora levar obras de grande interesse e ou pequenos serviços para as comunidades, como poços artesianos, implantação de cisternas e até intermediação de doentes para cirurgias em unidades hospitalares. “Quem não faz esse dever de casa perde mesmo”, disse um deputado da ala governista na Casa, que preferiu não se identificar.

O deputado J. Carlos (PT) é um daqueles que têm tentado seguir à risca essa regra. Segundo ele, a conquista acontece através de muito trabalho com uma atuação contínua nas bases. “Meu gabinete é popular, os prefeitos chegam e se sentem em casa. Esse tratamento é muito mais importante, assim como os benefícios em emendas, indicações, sempre de olho nas demandas das prefeituras”, assegurou.

No entanto, mesmo trabalhando duro, a maioria está sujeita a ter o território invadido por colegas, pois nem sempre vale somente as obras, mas os favorecimentos pessoais também contam. “São poucos casos, mas infelizmente tem sempre uma minoria de prefeitos que se deixa corromper”, afirmou o petista.
A deputada Virginia Hagge (PMDB) confirmou que a invasão dos territórios alheios é algo que costuma acontecer no meio.

“Isso é antiético e desrespeitoso das duas partes. Acho que somos colegas e há espaço pra todos”, enfatizou. A parlamentar conta que teve seu reduto, o município de Itapetinga, “roubado” por um candidato petista este ano, que, segundo ela, “caiu de paraquedas” na cidade. “Mas encaro com naturalidade e deixo para que a população faça o seu julgamento. É ela quem vai decidir”, frisou.

Nos bastidores há muitas reclamações de “furtos”, mas quando questionada, a maioria nega ou ameniza a situação. “O que acontece é que quem não dá assistência pode acabar perdendo para a concorrência", declarou Hagge.

ACM Neto prefere Antonio Imbassahy

A marcação cerrada do DEM sobre ACM Jr. e o filho não cresce à toa. Pesquisas que os democratas fizeram para avaliar seu poder de fogo nos Estados colocariam o senador com uma média de 30% das intenções de voto para o Senado, um número historicamente atribuído ao carlismo e muito próximo do que embala hoje a candidatura do senador César Borges, do PR. “Não podemos perder ACM Jr. no Senado”, disse um cacique do DEM. Na cabeça de ACM Neto, uma outra alternativa é pensada para a legenda na Bahia para a hipótese de o republicano Borges realmente pular para a canoa de Jaques Wagner (PT).

Ela se constituiria numa chapa formada por Souto ao governo, o ex-governador Nilo Coelho a vice, e dois ex-prefeitos ao Senado. Um deles seria o democrata José Ronaldo, considerado uma celebridade na região de Feira de Santana, cidade que dirigiu por oito anos.

O outro, o ex-prefeito de Salvador Antonio Imbassahy, presidente regional do PSDB, que, entretanto, está refratário à ideia de concorrer mais uma vez a uma eleição majoritária, depois de ter perdido o Senado para João Durval (PDT), em 2006 e a Prefeitura para João Henrique em 2008.

sábado, 20 de março de 2010

Salão do Estudante 2010




Mais uma vez pude participar de mais uma edição do Salão do Estudante. O Salão do Estudante é a maior feira de educação internacional da América Latina. O evento proporciona a oportunidade de conhecer diversas instituições estrangeiras, conversar com seus representantes e obter todas as informações necessárias para que tenha uma experiência internacional bem sucedida. Diretores e representantes dos departamentos internacionais estão disponíveis para esclarecer suas dúvidas sobre estudos no exterior. Diversas opções de cursos são oferecidas, desde High-School até doutorado, além de MBA, curso de línguas, escolas técnicas e estágios. Instituições de ensino de países como Estados Unidos, Canadá, Chipre, Colômbia, Inglaterra, Irlanda, Japão, Espanha, Alemanha, Austrália, Nova Zelândia, Holanda, Argentina, Suíça, dentre outros, estiveram presentes. Além disso, o Salão do Estudante contou com a presença de agências de intercâmbio com propostas variadas, promoções especiais, e pessoal treinado para responder suas perguntas e dar dicas sobre vistos, hospedagem e até seguro-saúde. Além também de poder conversar com ex-alunos brasileiros que já estudaram lá fora e participando de seminários que deram informações sobre os principais destinos procurados pelos brasileiros, cursos oferecidos em cada país, além de conhecer curiosidades culturais de cada canto do mundo. O destaque na edição deste ano foi o Canadá, o país mais procurado atualmente pelos brasileiros, esteve presente no Salão do Estudante, com a um número recorde de high schools, universidades e escolas de línguas.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Serra vai se lançar à Presidência com defesa do emprego

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), está colhendo subsídios para o discurso de lançamento de sua candidatura à Presidência, programado para 10 de abril. Os dados solicitados a seus colaboradores indicam as linhas do discurso, como o crescimento com estabilidade e a criação de empregos. Serra fez um ensaio ontem, ao chamar o emprego de “o problema social número um” do país. Ao anunciar 60.282 vagas no programa de qualificação profissional –com bolsa-auxílio de R$ 210 mensais por três meses– Serra afirmou que faltam ações como essa. “Se houvesse programas nacionais desse porte, sem dúvida, ajudaria o país como um todo”, disse Serra. Ao se referir ao desemprego como um problema social, Serra tornou pública a opinião de que essa é uma área em que o governo federal deixou a desejar. “Não tenho dúvidas, creio que poucos têm, de que o problema social número um do Brasil chama-se emprego.” Informações da Folha Online.

Projeto maridão: João Henrique remove de sopetão da Prefeitura secretários que podem dificultar eleição de Maria Luíza a deputada federal

O Diário Oficial do Município de Salvador de hoje traz a exoneração dos secretários Sérgio Brito, de Planejamento e Gestão, Almir Melo, de Transportes e Infra-estrutura, e Antonio Brito, de Ação Social.

Com as mudanças não foram anunciadas ontem, oficialmente, há grande buxixo na esfera municipal sobre a possibilidade de terem sido promovidas “monocraticamente” pelo prefeito sem consulta aos titulares das pastas e seus padrinhos, o que é negado na Prefeitura, pelos envolvidos, inclusive.

Sérgio é da cota do PSC, Melo ligadíssimo ao ministro peemedebista Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), braço direito do prefeito na campanha passada, e Brito, filho do vice-prefeito Edvaldo Brito – ambos da cota do PTB.

Para substituí-los, o prefeito nomeou, em caráter temporário que pode se tornar permanente, Reinaldo Saback (hoje diretor-geral), para a Seplag, Euvaldo Jorge (presidente da Desal), para a Setin, e Liziane Guimarães, para a Ação Social.

À exceção de Liziane (que é procuradora do município e foi secretária municipal de Administração), uma afilhada política do secretário João Cavalcanti (Casa Civil), são todos personagens diretamente ligados ao prefeito, o que significa que ele recobra poder direto sobre as três secretarias.

O caso mais emblemático é o de Melo na Setin, por conta de suas relações íntimas com o ministro Geddel. A secretaria era comandada pelo PMDB desde que o prefeito aliou-se ao ministro, antes da campanha municipal passada e, por este motivo, é considerada um dos focos de onde irradiava o poder de Geddel na administração.

A reforçar o caráter de surpresa das mudanças, está o fato, de conhecimento geral, de que o prefeito pretendia promover as substituições no próximo dia 30 para secretários que vão disputar as eleições, a exemplo dos três que deixaram os cargos hoje.

Assim como Toni Brito, Sérgio é candidato a deputado federal. Os dois são vistos, portanto, como duas ameaças fortíssimas ao projeto do prefeito de eleger sua mulher, a deputada estadual Maria Luíza, à Câmara dos Deputados, com uma votação expressiva. Candidato a deputado estadual, Melo é um dos pilares de apoio político de Lúcio Vieira Lima, presidente do PMDB, irmão do ministro Geddel e candidatíssimo a deputado federal, outro adversário forte da mulher do prefeito.

Considerado um dos melhores secretários municipais da Prefeitura, com fama de competente do ponto de vista técnico e político, ampla inserção nacional e interlocução local e internacional na área de saúde, o filho do vice-prefeito é uma das fortíssimas promessas da atual eleição à Câmara dos Deputados

Por causa do Bahia, Guimarães Filho agride verbalmente João Carlos Bacelar




O deputado federal Marcelo Guimarães Filho (PMDB) e o deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN) trocaram ofensas e acusações hoje no twitter. Após as críticas de Bacelar sobre a sua gestão à frente do Bahia, Marcelo Guimarães, presidente do clube, perdeu a compostura e chamou o parlamentar de “merda”. “O que um deputado sem voto não faz pra tentar se eleger! Deixe de hipocrisia seu merda! Ou então nao me bajule quando me vê!”, partiu para o ataque o peemedebista.

Bacelar, no entanto, não deixou por menos e, também pelo twitter, respondeu à declaração de Guimarães Filho. “A sua colocação reflete o seu estilo de administrar o Bahia e a sua postura antidemocrática e mal educada”, disse. Bacelar fez ainda ilações sobre supostas relações do peemedebista com empresas investigadas pela Polícia Federal (PF). “Os meus votos foram conquistados com idéias, muito trabalho e desvinculação de interesses empresariais alvo de investigações da PF”, concluiu. (Thiago Ferreira)

Ex-suplentes vão ficar sem mandato


Definido o novo cenário da equipe do prefeito João Henrique, as atenções se voltam agora ao governo estadual. Nove secretários devem deixar a equipe do governador Jaques Wagner para se candidatar em 3 de outubro. São cenários variados. Já confirmada apenas a saída do titular de Desenvolvimento Urbano, Afonso Florence. Seu substituto já foi anunciado: o atual gestor da Cerb, Cícero Monteiro.

Os secretários de Relações Institucionais, Rui Costa (PT), de Desenvolvimento Social, Walmir Assunção (PT), e os indicados pelo PP – Roberto Muniz, da Agricultura, e João Leão, da Infra-estrutura – além do titular do Meio Ambiente, Juliano Matos (PV), estão praticamente certos que trocarão o Executivo pelas eleições proporcionais. É provável que pelo menos mais dois petistas - Walter Pinheiro (Planejamento) e Nelson Pellegrino (Justiça) – também deixem o governo para concorrer nas eleições. Deputados federais licenciados, os dois podem rumar juntos na busca pela reeleição.

SUPLENTES - Além de Milton Barbosa (PSC), que perdeu a vaga para o ex-secretário municipal Sérgio Brito, mais três suplentes de deputados federais correm risco de perder a cadeira no parlamento para titulares que sairão do Executivo para tentar a reeleição. O forrozeiro Edgar Mão-Branca (PV) é um desses, já que o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), pré-candidato ao governo do estado, retornará para o Congresso.

Joseph Bandeira e Emiliano José são os suplentes de Pinheiro e Pellegrino. Se somente um deles voltar ao Congresso, Joseph Bandeira permanece. Jairo Carneiro, do PP, tem uma chance de ficar, mesmo com o retorno de João Leão. Fernando de Fabinho (DEM), hoje apoiando Wagner, está em conversação com o PP e não se candidatará este ano. Caso ele assuma uma secretaria, terá Carneiro como suplente. Situação semelhante vive professor Valdeci (PT), na Assembleia.

Ele pode continuar como deputado caso o colega de partido Yulo Oiticica assuma uma secretaria. Já Eliana Boaventura (PP) deve devolver a cadeira na AL a Roberto Muniz (PP)

segunda-feira, 15 de março de 2010

ACM Jr. reage a Waldir Pires: “Ele precisa esquecer ACM e lembrar que sua gestão foi um fracasso”

O senador Antonio Carlos Junior (DEM) pediu hoje para o ex-governador Waldir Pires esquecer Antonio Carlos Magalhães em suas entrevistas e falar mais do fracasso administrativo de sua gestão. “Waldir Pires insiste em dizer que fez um grande sacrifício ao deixar o governo da Bahia para ser candidato a vice-presidente na chapa do ex-deputado Ulysses Guimarães. Na realidade, o que o levou a deixar o governo foi o fracasso de sua administração”, afirmou. O senador declarou que ACM foi fundamental no processo de redemocratização do país, contribuindo para a vitória de Tancredo Neves no colégio eleitoral. “Enquanto Antonio Carlos Magalhães deu muitos votos para Tancredo Neves, Waldir Pires foi um mero espectador do processo eleitoral e acabou ganhando um ministério”, disse.

Começa movimentação em prol da Campanha do Vereador Alan Fialho


Faltam ainda quatro meses para o início oficial da campanha eleitoral, mas os pré-candidatos ao legislativo e executivo já iniciaram um movimento de visitas aos municípios do interior, estabelecendo um contato antecipado com os futuros eleitores. Neste ponto, aqueles que estão à frente de algum cargo público levam vantagem, já que podem inaugurar obras, mas correm o risco de infrações à lei eleitoral. O Vereador Alan Fialho esteve no último final de semana visitando algumas cidades no interior já divulgando a sua pretensa candidatura a uma cadeira federal. Durante esta semana o Vereador estará realizando a primeira reunião com a sua assessoria para a formação da coordenação da campanha. " Estou sentindo que a cada visita, e a cada cumprimento o apoio de colegas parlamentares e na própria cidade, hoje o povo Matense já acredita nesta possibilidade de ter um candidato representando o municipio" afirma o Vereador Alan Fialho.

Líder do governo descarta afastamento de Vaccari da tesouraria do PT

O líder do governo na Câmara, Candido Vacarezza (PT-SP), descartou nesta segunda-feira a possibilidade de o PT retirar do cargo o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. O deputado classificou de “sem pé nem cabeça” as insinuações de que Vaccari se afastaria do cargo para evitar danos ao partido em ano eleitoral –uma vez que o tesoureiro é acusado de cobrar propina a empresários interessados em se associar a fundos de empresas estatais. “Isso é um acinte falar em se retirar o Vaccari da tesouraria do PT. Não tem pé nem cabeça. As informações de que ele está enfraquecido eu só vejo na imprensa, não no PT. Ele é tesoureiro do PT e continuará sendo”, afirmou Vacarezza. Informações da Folha Online.

João Carlos Bacelar repercute denúncia sobre suposta fraude na obra do metrô

O deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN) protestou hoje contra a não instalação da CPI do metrô que, após uma semana, ainda não foi instalada. O parlamentar afirmou que está preocupado com a possibilidade de colocarem o nome da Assembleia em jogo, após a publicação de uma reportagem no jornal Folha de São Paulo, publicada ontem, denunciando um suposto cartel entre construtoras no processo de licitação para a construção do metrô.

Segundo a denúncia, as construtoras Andrade Gutierrez, a Norberto Odebrecht, além da Queiroz Galvão estão sendo acusadas pelos crimes de formação de quadrilha e fraude na licitação para os metrôs de Salvador e Rio. “Essa denúncia é muito séria, principalmente por que estas empresas serão as grandes doadoras de campanhas majoritárias e deve ser por isso que estão criando tanto entrave para esta CPI”, afirmou Bacelar.

Arruda se desfiliou do DEM para ‘satisfazer interesse pessoal’, diz MPE

No documento em que apresenta os últimos argumentos para propor a perda do mandato do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), o Ministério Público Eleitoral (MPE) descarta a hipótese de perseguição alegada pela defesa e acusa Arruda de ter deixado o DEM “para satisfazer interesse pessoal” e “evitar constrangimentos”.

A ação que pode cassar o mandato de Arruda por infidelidade será julgada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) nesta terça-feira, às 17h. A data foi marcada pelo relator do caso, desembargador Mário Machado Vieira Netto, que enviou o processo ao plenário do tribunal na sexta-feira. Filiado ao DEM desde 26 de setembro de 2001, Arruda entregou sua carta de desfiliação em 9 de dezembro de 2009. Informações do G1.

Raimundo Varela se casa em alto estilo

Na noite deste sábado (13), em cerimônia realizada no Oceania, no Farol da Barra,em Salvador, o casamento do apresentador Raimundo Varela oficializou sua união de 10 anos com sua esposa Sheila Karina. Sheila chegou em alto estilo, em um Cadilac que pertenceu ao rei do rock, Elvis Presley, arrematado em um leilão em Londres pelo bilionário João Cavalcanti por 500 mil euros.

O encerramento da cerimônia foi ao som do cantor Agnaldo Timóteo, que presenteou Varela com sua canção preferida: “Nossa Senhora”. Estavam presentes no casamento o Presidente da Rede Record, Alexandre Raposo; o Prefeito João Henrique; os Deputados Mauricio Trindade, Nelson Pelegrino, Walter Pinheiro; os Secretários Fabio Mota, César Nunes e Antonio Brito; o Vice-Prefeito Edvaldo Brito; os médicos do apresentador, Luiz Lyra e André Lyra; os empresários Felix Mendonça, Ricardo Luzbel e João Cavalcanti; o Diretor da Tv Itapoan, Paulo Droppa; o "amigo de fé e irmão camarada" do apresentador, Zé Eduardo (Bocão), entre outros.

PT insiste em Waldir, mesmo contra Wagner

Enquanto o governador Jaques Wagner (PT) tenta costurar uma aliança com o senador César Borges, presidente regional do PR, se mantendo firme nesta posição por entender ser a mais sustentável politicamente, cresce de forma surpreendente a pressão no PT sobre o nome do ex-governador Waldir Pires para ocupar uma das vagas ao Senado na chapa majoritária dos governistas. Inflado pelo partido, Waldir mantém cautela, mas mostra-se disposto a enfrentar o desafio. No sábado, durante a posse do novo diretório Estadual do PT, no Hotel Sol Barra, os militantes aumentaram a pressão pelo nome do ex-governador, mesmo diante das justificativas de Wagner para atrair outras forças para a sua chapa.

O apoio dos petistas dado a Waldir Pires soa também como um recado ao atual governador, de que não querem a presença de César Borges na chapa. Tal comportamento dos militantes pode não só deixar confusa a cabeça de Wagner, que resiste à ideia, como irritar Borges, que já deu sinais de que pode se bandear para outro palanque nas eleições de outubro. Aliás, depois que as negociações com o governo arrefeceram, passou a ser especulado que o republicano estaria se acertando com o ministro Geddel Viera Lima, pré-candidato ao governo pelo PMDB.

Mas não foi apenas o evento deste sábado que cobrou o nome de Waldir para disputar uma das vagas ao Senado na chapa de Wagner. Na semana passada, o diretório do PT de Vitória da Conquista também fez o mesmo em evento realizado na Câmara Municipal. O que seria apenas uma homenagem acabou ganhando forte caráter eleitoral. Além dos vereadores e militantes petistas, compareceram o prefeito Guilherme Menezes, o deputado estadual Waldenor Pereira, líder do governo na Assembléia, e o ex-prefeito José Raimundo Fontes.

Há que se considerar ainda que a opção Waldir Pires é defendida, inclusive, por nomes influentes do PT, como o deputado federal Zezéu Ribeiro e o líder da bancada na Assembleia, Paulo Rangel. “Waldir reúne todas as condições para ocupar uma das vagas (ao Senado) e vamos conversar com Wagner sobre isso”, disse Zezéu, ao mesmo tempo em que rechaçou o nome de César. “Ele é nosso adversário”, avaliou o petista, ainda preso ao passado.

Conjuntura está favorável

Aliás, os fatos políticos das últimas semanas só favorecem ao nome do ex-governador Waldir Pires, uma vez que todos os seus supostos concorrentes têm passado por problemas num momento crucial de definição da chapa majoritária a ser encabeçada pelo governador Jaques Wagner. Além do nome de César Borges enfrentar fortes resistências entre segmentos petistas e socialistas, as próprias negociações, que aconteciam diretamente entre ele e Wagner, deram sinais de recuo na semana passada.

Por outro lado, a deputada federal Lídice da Mata (PSB), outra forte pretendente à vaga, não vive um bom momento. Além de estar presa à polêmica questão de Porto Seguro, onde o ex-secretário Edésio Lima, que era Secretário Geral do PSB, foi acusado de mandar matar professores e sindicalistas, Lídice também vê o ex-governador Waldir Pires roubar-lhe a aura de ser a principal alternativa de esquerda na chapa.

E, para completar o momento favorável a Waldir, o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Otto Alencar, dado como certo na chapa de Wagner, anda sumido do noticiário político, como se estivesse dando mais um tempo para pensar e superar problemas de saúde. Considerado da cota do PP, a filiação de Otto chegou a ser anunciada para fevereiro, sendo depois desmarcada. No momento, passando por um check-up na sua saúde, a opção Otto ainda é forte, mas é também uma incógnita.

Por que Wagner prefere César Borges a Geddel

Para bons entendedores que compareceram ao evento de posse da nova direção do PT, no último sábado, num hotel na Barra, o governador Jaques Wagner (PT) deixou claro, ao discursar, que não vai se submeter a qualquer capricho de seu partido com relação à montagem da chapa com que pretende disputar a reeleição, em outubro. Por capricho, pode se entender, neste momento, a candidatura de Waldir Pires ao Senado, que cresce entre os petistas, conforme mostrou o mesmo evento de sábado, onde o ex-governador teve seu nome praticamente aclamado e recebera aplausos em maior número do que o próprio governador, segundo relatos diversos, entre os quais não se incluem os da imprensa.

Apesar de não lhe terem dado o direito de falar, numa estratégia que tem tudo para ter sido combinada de forma a não levantar ainda mais a bola já cheia de Waldir na militância petista, o ex-governador foi ovacionado, efusivamente, pelos petistas em dois momentos da festa de posse do novo presidente da legenda, Jonas Paulo. Na primeira ocasião, definida por um presente como quase constrangedora, quando foi chamado para sentar-se à mesa em que foi mantido calado. Na segunda, igualmente intensa, no momento em que Wagner citou-lhe o nome de público em meio a uma fala na qual deixou cristalina sua visão da chapa que pretende liderar.

“Temos que escolher se vamos decidir pela chapa dos nossos sonhos ou por uma chapa que reúna os sonhos e o compromisso de dar continuidade ao nosso projeto político, vencendo as eleições”, afirmou o governador, dando volume às especulações de que, apesar do respeito que devota a Waldir, não vê nele o apoio de que precisa para vencer a reeleição. Posição inversa ocuparia César Borges, do PR, partido a que Wagner se referiu no encontro. Borges é considerado um ícone do carlismo que o governador declara extinto, mas que, na visão dos petistas, representaria a antítese do sonho do partido, personificado pela figura lutadora e até injustiçada de Waldir pelo próprio grupo a que o senador pertenceu.

O problema é que, na calculadora de Wagner, a aposta num companheiro como Waldir, neste momento, não soma e, sem adição, também segundo imagina, pode acabar sendo imensamente prejudicado, ainda que o governador não acredite em sua própria derrota sob hipótese nenhuma. Wagner considera que a percepção de seu governo pela população é agora muito melhor que a de antes e ainda vai melhorar mais, levando-o à reeleição. Mas prefere que o resultado seja proclamado logo no primeiro turno, de forma a resolver de uma vez a disputa, sem precisar, principalmente, fazer novas alianças e concessões. Trata-se de uma preocupação não confessa com o ex-aliado Geddel Vieira Lima, candidato do PMDB ao governo, a quem não gostaria de enfrentar na hipótese de um segundo turno, muito menos de chamá-lo para discutir eventual apoio numa segunda etapa eleitoral, se Paulo Souto se tornar o principal adversário do governador.

Neste caso, Wagner tem certeza de que, para ganhar a eleição, ainda que conte com todo o apoio do Palácio do Planalto (se Dilma tiver vencido ou for ao segundo turno, situações que lhe favorecem), teria que negociar com o peemedebista participação em seu governo e na esfera federal, repetindo assim uma história que já viu acontecer no passado recente e cujo desfecho não lhe pareceu agradável. A avaliação está na raiz do comentário, levemente distorcido, de que, em conversas, o governador tem dito preferir em sua chapa Borges a Geddel.

A questão agora é saber se Wagner terá logo condição de convencer o PT de que a melhor estratégia eleitoral é aliar-se a um ex-inimigo do petismo, excluindo de sua chapa uma lenda viva das esquerdas baianas, ou se será obrigado a enfrentar ainda o desgaste adicional de impor ao partido a escolha que considera mais apropriada.

Sombra de ACM

Por mais que se queira dizer que o “carlismo” acabou (grupo político baiano organizado por Antonio Carlos Magalhães), sua estrutura partidária sedimentada ao longo de muitos anos, sobretudo depois que foi governador da Bahia (1971/1974) paira no cenário da sucessão estadual, em 2010, tanto que dois dos seus “puros-sangues” Otto Alencar e senador César Borges são citados com frequência na composição de chapas. E são exatamente esses dois políticos gerados no “carlismo” que causam polêmicas nessa fase da pré-campanha.

Lembrava-me um político experiente do PMDB uma vez que havia comentado sobre “Waldir, o PT e a sucessão”, com reminiscências históricas de 1986, que, existe uma diferença fundamental entre as alianças que foram formatadas por Waldir à frente do PMDB, naquela época, agregando forças à direita, tal como Tancredo Neves o fez em 1984 com Sarney e outros; e as atuais pretendidas pelo governador Wagner, com PP e PR, porque a luta central de Waldir era derrotar ACM e desestruturar o “carlismo”, sobretudo no interior.

Esse mesmo interlocutor acrescentou, ainda, que assim aconteceu, também, em 2006, quando o PMDB agregou-se a Wagner para, mais uma vez, derrotar ACM e fraturar sua base política no Estado, uma vez que, em 1986, embora Waldir tivesse chegado ao governo e conseguido o mais relevante, porém, falhou no projeto completar de fazer um bom governo e destruir a base de ACM.

A argumentação peemedebista se sustenta no fato de que ACM faleceu, o PT chegou ao poder para criar um novo modelo de fazer política na Bahia, mas, em sua ótica, além de não ter cumprido os acordos programáticos com o PMDB; nem implantado esse novo “modus vivendi” político/administrativo, o que não acontece no plano nacional com Lula, não tem justificativa para aliar-se a César Borges e Otto Alencar, salvo no plano eleitoreiro: a vitória pela vitória.
Tem sentido. Assim como, voltando a ACM, quer queira; quer não, pois, associam-se episódios do grampo e a invasão da Ufba pela PM como fatos relevantes da memória política do “carlismo” relacionados a Otto e César. É no mínimo esdrúxula essa fórmula pra se contrapor à “chapa dos sonhos” puro-sangue petista e sustentar o projeto político do PT. É claro que as pessoas mudam com o tempo, mas, a história, a raiz, é inalterada.

É nessa cunha, nesse vácuo, caso se concretiza essa engenharia política para dar sustentação eleitoral à chapa Wagner que o PMDB pretende ideologizar a campanha mostrando que Geddel seria o novo, precisa uma oportunidade que os outros já tiveram de governar o estado (Wagner e Souto) e retomar o velho slogan de 1986, “Mudar a Bahia”, com outra roupagem, adversário ao “continuar”.

Aqui do meu modesto palanque, sem votos, faço essas observações para reflexões dos protagonistas do processo.

Fernando de Fabinho cede entrevista ao Bahia Notícias




Bahia Notícias: O senhor esteve em Brasília, acompanhado do governador Jaques Wagner (PT), nesta quinta-feira (10), logo após ter confirmado a sua adesão à candidatura de reeleição de Wagner na Bahia e o seu apoio à ministra Dilma Rousseff (PT), da Casa Civil, para a disputa nacional. Como foi sua primeira ida à Brasília como um membro da base governista?


Fernando de Fabinho: Nós tivemos com o ministro Alexandre Padilha (da Secretaria de Relações Institucionais. Foi mais uma apresentação. Trabalhei a vida inteira na oposição, então eu precisava de uma apresentação formal, uma apresentação em que o governador abalizasse essa nossa entrada no apoio em Brasília ao Governo Federal, porque éramos oposição lá e cá.


BN: Como está sendo essa experiência de mudar de grupo político após vinte anos de carreira política?


FF: É uma coisa nova. É a primeira oportunidade que eu mudo de grupo político. Tenho vinte anos fazendo política no mesmo grupo. É como se você estivesse saindo de um time e entrando em outro. Você conhece todos os jogadores de nome, pessoalmente, mas não tem uma convivência. Então é uma nova convivência para mim, uma nova caminhada política, em um novo grupo.


BN: De quem partiu a idéia de mudar de grupo, de uma vontade pessoal sua ou de um convite do governador?


FF: Olha só, o governador Jaques Wagner quando me recebeu lá na governadoria deu uma resposta a essa pergunta que eu gostaria de repetir aqui para você: nós nos encontramos. Nos encontramos, conversamos, e estamos juntos, preparados para enfrentar esse novo desafio de começar tudo de novo em um novo grupo, com uma nova maneira de fazer política, uma nova condução do processo político no Estado. Nós vamos nos integrar nessa nova maneira de trabalhar para o povo da Bahia.


BN: Mas como deu esse “encontro”? Por que neste momento?


FF: Desde que eu cheguei a Brasília, no primeiro mandato, que eu cheguei na oposição, e naquele período tivemos a oportunidade de receber vários convites para poder fazer parte da base aliada do governo Lula, e a gente entendeu no primeiro mandato que não deveríamos estar presentes. No segundo mandato também tivemos convites, que sempre surgiram. Graças a deus eu sempre tive um bom relacionamento com todos os segmentos do governo, e grandes amigos em todos os lados. Só que era preciso também que você percebesse o interesse por parte do governo. O importante não é só ir mais um deputado para a base do governo, é você perceber que o governo, a figura e a pessoa do governador, também tem interesse na sua adesão, no seu trabalho, com o espaço político que você ocupa.


BN: O senhor fala sobre “uma nova maneira de fazer política”. O que diferencia da maneira anterior, simbolizada na figura do senador Antônio Carlos Magalhães?


FF: A política na Bahia, é preciso que isso fique claro, depois da ausência de Luis Eduardo Magalhães e do senador Antônio Carlos, ela tem uma filosofia totalmente diferente. A nova forma de fazer política, principalmente para um partido como o PT, que está no Governo do Estado, é exatamente ter o poder e a condição de aglutinar. O PT sempre foi mais fechado, 100% esquerda, e a gente observa que o governo Wagner ele abre os horizontes, permite o acesso de pessoas e isso, como ele mesmo disse, aprendeu com o presidente Lula e está aplicando aquilo que deu resultado no Governo Federal aqui no Estado. Então ele está agregando, aglutinando, recebendo, diversos políticos e diversos partidos e isso é uma nova maneira de fazer política no nosso estado.
BN: Então está correta a tese do governador Jaques Wagner de que o Carlismo acabou?


FF: Não é que acabou, mas eu acho que o carlista na Bahia ele vai funcionar sempre como funciona o Peronismo na Argentina e em diversas outras tradições política que existem em outros estados brasileiros. Aqui vai continuar tendo sempre aquelas pessoas que militam dentro da filosofia do Carlismo. O Carlismo se confunde exatamente com a direita, direita de centro. É comum, pela liderança que ocupou o senador Antônio Carlos, que é incontestável e que todos nós reconhecemos, e não reconhece somente o homem da esquerda, do centro e da direita, reconhece todos os baianos e brasileiros a sua ascensão política e sua capacidade de liderar a política no Estado. Não é a toa que viveu politicamente e sempre lutou em 50 anos de vida pública, é realmente um homem diferente. Nós temos que entender que agora é diferente. Com a sua ausência, se busca exatamente o espaço para trabalhar de forma de aglutinar, e vão se formando vários grupos, várias lideranças vão surgindo. Uma liderança muito forte, como foi o tempo inteiro a do senador Antonio Carlos, ela impede que novas lideranças surjam. Não porque ele quisesse impedir, mas é porque ela é tão forte, que consegue abafar e impedir que novas lideranças venham surgir no estado durante aquele período que ele fortemente comandou a política no estado.


BN: Essa política de aglutinação do governador põe fim à ideologia na política baiana, como compreendem alguns cientistas políticos em entrevistas à imprensa?


FF: Eu acho que a ideologia que todos os políticos ela vai parar exatamente naquilo que consta em todos os estatutos, que é exatamente o bem social, o resultado para o ser humano. Então todos os estatutos de todos os partidos tem lá um artigo determinando que o interesse maior do partido é o bem comum, é o social bem feito, é estar à disposição em defesa de ações que dêem resultados para o ser humano. A ideologia partidária hoje, o princípio maior, o fundamento maior, é o bem estar do cidadão, e aí se encaixa o PT, o Democratas, o PDT, o PPS, o PSTU, enfim. Ai são mais outras ações, até mesmo de forma individual, que busquem fazer a diferença.


BN: Como avalia a reação de setores do PT à possível composição com o senador César Borges (PR) em uma das vagas para o senado na chapa de Wagner. É viável politicamente, ou os candidatos podem perder voto?


FF: Eu acho que não. Estamos exatamente pensando a política na Bahia de uma forma diferente, agindo de uma forma diferente. Isso aconteceu a nível nacional com o presidente Lula, que disputou várias eleições fechado, sem fazer alianças, e sua primeira vitória foi quando ele buscou ampliar esse arco de alianças, e são com essas alianças que ele governa o país e tem tido resultados positivos. O governo Wagner busca espaço para fazer novas alianças, e isso não prejudica. Amplia as chances de vitória do governador.


BN: E as reações contrárias no PT...


FF: Isso é natural. Em todo o grupo quer seja da direita, do centro, da esquerda, no momento que você tem adesões que vem de outros partidos, há aqueles que ficam felizes e há aqueles que acham que não deveria dar aquele espaço, que não deveria receber. A política é muito dinâmica e temos às vezes querelas paroquiais. Há deputados amigos que nós temos, em cidades do interior, os nossos embates políticos, as nossas lutas pelas idéias. Então isso termina às vezes respingando nas adesões de forma a rejeitar. Há projetos políticos dentro de grupos, principalmente em um grupo grande como é o do governador Wagner. Isso (a adesão), imagino, pode ameaçar aquele projeto político, ou retardar o projeto de alguém, de forma que essas reações se tornam naturais.


BN: Essa disputa de votos dentro da base, tão diversa, pode gerar algum conflito entre os aliados?


FF: Eu acho que não. Democraticamente todos os candidatos têm o interesse de buscar os seus votos. Quem vai decidir para quem vão os votos é o eleitor, que vai ter um leque para escolher aquele que tenha a capacidade de lhe representar. Se eu penso mais assim, então é esse o candidato que acompanha meu pensamento. Isso é bom para a democracia.


BN: Já definiu quais as candidaturas vai apoiar nestas eleições?


FF: Não, isso nós estamos esperando o momento certo. Vamos conversar um pouco mais com o governador e vamos trabalhar politicamente um deputado federal e um estadual, ou até mais de um, com a intenção de ajudar politicamente o governo do estado.
BN: Como está a situação de sua filiação ao PP?


FF: No momento continuo filiado ao Democratas. Eu entendo que não é necessária a minha desfiliação nesse momento. No momento certo, ai nós vamos começar a trabalhar com mais intensidade para poder integrar a um partido político.


BN: Como foi a conversa com o ex-prefeito José Ronaldo, que lidera o seu antigo grupo político na região de Feira de Santana?


FF: Uma conversa de amigos fiéis, que a gente aprendeu a gostar independente da política, daquele que aprendeu a ser companheiro, a ser conselheiro. A amizade que nos nutre é muito grande e muito forte, mas isso não impede as posições políticas. Independente de qualquer coisa, se a amizade existe, é porque existe o respeito mutuo e na minha decisão o respeito existiu. Eu sei que ele não teve nenhum interesse que isso acontecesse, ele buscou nessa conversa entre nós que continuássemos juntos, isso é natural. Mas o que importa é que nós tomamos essa decisão e isso não afetará de forma nenhuma o relacionamento do amigo, irmão e companheiro José Ronaldo.


BN: Depois de não ter sido indicado por José Ronaldo para ser o candidato do DEM à Prefeitura de Feira de Santana, o senhor veio se afastando da política local. Não indicou secretários para a prefeitura e desmontou sua estrutura política local. Porque este afastamento?


FF: Antes da indicação para a prefeitura de Feira de Santana nós tomamos, de cunho puramente pessoal, uma decisão política de não me candidatar em 2010. No momento que se toma essa decisão, não justifica continuar trabalhando politicamente, manter estruturas, já que você não vai estar na disputa de 2010. Na questão da indicação de nomes para a prefeitura, foi uma questão puramente de decisão interna de grupo. Se eu fosse o escolhido pelo prefeito José Ronaldo nós teríamos naquela oportunidade, opinião minha, uma divisão em nosso grupo. Talvez nós não tivéssemos os companheiros que estiveram conosco na eleição de Tarcísio Pimenta (atual prefeito de Feira, do DEM).


BN: Por que haveria essa divisão?


FF: Se eu fosse o indicado de José Ronaldo talvez os outros deputados do próprio grupo que também tinham interesse para serem indicados talvez não estivessem nos apoiando, e talvez houvesse essa divisão, que não era prudente e não era importante. Precisávamos ganhar a eleição.


BN: Por que a decisão de não disputar as eleições em 2010?


FF: Decisão puramente pessoal. Eu entendi que vinte anos na vida pública, viajando por demais essa Bahia, vivendo 24 horas por dia o momento político e sem viver a família, sem cuidar dos negócios. Eu decidi que deveria pensar um pouco mais nessas questões, e entendi que não teria como, se não me afastasse principalmente das eleições, da busca do voto, da assistência direcionada a cada liderança política.


BN: O senhor então pensa na possibilidade de abandonar a política?


FF: Não, a prova esta aí. Estamos juntos com o governador, vamos lhe ajudar na sua eleição e esperamos no futuro ter um aproveitamento para continuar ajudando.
BN: Através de alguma secretaria?


FF: Não teve essa conversa entre eu e governador. Nós conversamos bastante sobre a política na Bahia, mas não entramos nesse processo de exigências, até porque estou chegando agora, o governo está no seu último ano. É um processo de aglutinação. Eu não vou disputar a eleição, então não tem porque ficar exigindo cargos, direções, cargo pelo interior do estado. Por que você vai prejudicar alguns amigos políticos que têm esses cargos, que estão usufruindo dessas indicações? Apenar para dar essa satisfação para o eleitorado? A gente chega de forma simples, humilde, mostrando que a gente veio para trabalhar, para ajudar, para colaborar, e esperar o resultado das eleições, que a gente percebe que será um resultado positivo para o governador Jaques Wagner e a partir daí se colocar à disposição no próximo governo.


BN: Acredita que os eleitores que sempre votaram no senhor, e naturalmente votavam também no candidato escolhido por ACM ao Governo do Estado, estariam propensos a mudar e aceitar a sua orientação para votar em Wagner?


FF: Veja só, é o que eu tenho conversado sempre, e conversei também com o governador. Todas essas mudanças têm naturalmente as suas reações, os prós e os contras, tem aqueles que lhe acompanham e tem aqueles que também não podem, ou acham que não devem lhe acompanhar por uma série de fatores. Seja pela ideologia política ou pela própria estrutura política que ele vive em seu município, em que o seu adversário termina sendo o próprio Governo e ele entende que não deve se aliar nesse momento, e assim sucessivamente. Mas o que importa é que nós temos consciência que os eleitores, dentro desse universo de 160 mil votos que tive na última eleição, e muitos que a gente consegue conquistar durante esse período que nós estamos trabalhando politicamente, com certeza muito estarão conosco. Eu espero que a maioria absoluta esteja comigo na eleição do governador Jaques Wagner.


BN: Pretende retornar eleitoralmente à política em 2012? Falo da disputa para a prefeitura de Feira de Santana.


FF: É muito cedo para se comentar desse assunto. O interesse do momento é fazer o trabalho que estou fazendo e o futuro nós entregamos ao senhor do Bonfim para que ele continue nos protegendo e dando norte nessa caminhada.


BN: A maioria dos aliados do governador hoje veio do seu antigo grupo político, e sua saída para apoiar Wagner simboliza esse movimento. Essas mudanças de grupo têm se tornado corriqueiras nas política baiana e, de certa forma, esvazia o grupo dito carlista, liderado na Bahia pelo DEM. Como está o clima dentro desse grupo político com esse fenômeno? Como o partido está se organizando para disputar as eleições desse ano sem a estrutura que tinha há quatro anos atrás? Acredita que a vitória da oposição na Bahia é viável?


FF: Eu prefiro não fazer um comentário maior a respeito dessa colocação. Os grupos políticos, independente do resultado da eleição, eles tem que se posicionar. A candidatura do ex-governador Paulo Souto é uma realidade dentro do grupo político dos Democratas, e outras que vão ser postas, a candidatura do ministro Geddel Viera Lima (PMDB) também é uma realidade. O embate político, ele só torna-se democrático e satisfaz o eleitorado no momento que você tem opções de escolha. Vai ser escolhido aquele que a população entender que tem condições de fazer um grande trabalho. O que a gente percebe, acompanha e tem a oportunidade de ver são resultados de pesquisas que dá a reeleição de Wagner no próximo pleito. Essa é a realidade que todos nós estamos acompanhando e os números não nos deixam mentir nessa colocação.
BN: Sobre a possibilidade de Tarcísio Pimenta também aderir ao governo. Alguns deputados da base comentam sobre essa articulação. O senhor conversou com ele sobre essa questão?


FF: Não. Por incrível que pareça, eu ainda não tive condições de conversar com o prefeito Tarcísio Pimenta. Não dialogamos nada sobre o futuro e uma possível adesão dele ao Governo do Estado.


BN: Como é sua relação hoje com seus antigos adversários políticos, a exemplo dos deputados Zé Neto e Sérgio Carneiro (ambos PT)?


FF: Na minha vida política, uma coisa que eu sempre busquei preservar foi o bom relacionamento com os nossos pares e com todos os políticos no estado. Graças a Deus em todos os municípios que eu fiz política eu sempre tive bom relacionamento com meu grupo político e também um relacionamento cordial com todos os adversários, muitos até amigos. Na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal também. Sempre transitei em todos os grupos políticos normalmente sem maiores empecilhos. Eu costumo utilizar sempre a filosofia dos rios. Na hora que o obstáculo aparece o melhor é desviar e seguir caminho para atingir o objetivo e eu sempre trabalhei dessa forma.


BN: Há poucos dias atrás o senhor estava na bancada de oposição ao governo do presidente Lula, e consequentemente era contrário à candidatura da ministra Dilma. Não há nenhum incômodo nessa mudança radical de posição?


FF: Veja bem, eu posso antecipar para você que nos dois últimos anos eu já não fazia oposição ao Governo Lula. Eu procurei parar para acompanhar a movimentação política do presidente Lula, do próprio Governo Federal, que é natural que tenha suas falhas, mas temos consciência que temos grandes feitos, grandes resultados, principalmente no ganho que mais queremos, que é o social, no atendimento àquele que mais precisa do poder público. Nos dois últimos anos não fiz oposição. Me mantive neutro buscando analisar, observar e acompanhar todo o desenrolar da caminhada. O que eu pude analisar nesses dois anos foi o crescimento de forma absoluta do presidente Lula junto ao eleitorado, aonde ele se identifica da melhor forma possível; um crescimento do país mesmo diante dessa crise toda que nós enfrentamos em 2009 e o crescimento também da candidatura da ministra Dilma, que é uma mulher muito competente, sabe o que faz e tem condições tranquilamente de fazer um grande trabalho à frente do Governo Federal. Ela desenvolve um belíssimo trabalho no seu ministério. Há um reconhecimento nacional das ações da ministra Dilma no governo do presidente Lula. E o presidente Lula lhe escolhe com muita propriedade e coloca à disposição do eleitorado brasileiro essa mulher que lhe deu sustentação.Tudo que aconteceu no governo Lula foi com as mãos de Dilma trabalhando para que se tornasse realidade. Há um equilíbrio, um entrosamento e um entendimento muito grande entre Dilma e Lula, e isso reflete no reconhecimento já na população brasileira, com seu crescimento político nos últimos meses.

EXCLUSIVO: Preocupação com companheiro de chapa ao Senado atrasa aliança de Borges com Wagner

Pode haver mais preocupações do que com o fechamento de uma aliança proporcional (para a chapa de deputados) e a participação do PR na atual administração tensionando e postergando o acordo que o senador César Borges (PR) negocia com o governador Jaques Wagner (PT) para apoiar sua reeleição.

O desenho da chapa de Wagner também teria entrado na pauta das conversas entre os dois, conforme confidenciou ao Política Livre uma fonte da legenda. Nos contatos, Borges estaria dando excessiva importância para a escolha de seu companheiro de candidatura ao Senado.

Ele preferiria, por exemplo, disputar ao lado de Otto Alencar, conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), do que do da deputada federal Lídice da Mata, do PSB, que, pela composição que o senador imagina como ideal para si, ficaria melhor postulando a vice.

O interesse de Borges se basearia num raciocínio matemático do ponto de vista eleitoral. Ele acredita que para garantir sua reeleição com tranquilidade precisaria ser o campeão de votos na chapa, condição que seria mais facilmente assegurada se tivesse ao seu lado Otto e não Lídice.

“Borges sabe que seu voto está à direita de Lídice. Por isso, tem medo de que sua votação seja prejudicada por um crescimento isolado dela na esquerda”, disse o mesmo quadro, observando que a situação poderia se agravar ainda mais para o senador se o outro candidato ao Senado de Wagner fosse Waldir Pires.

Segundo a mesma fonte, Borges discorda da tese de Wagner de que a companhia de Lídice na corrida ao Senado poderia ser um elemento a facilitar seu acesso à Universidade e a outros focos tradicionalmente da esquerda na Bahia, temendo, pelo contrário, ser submetido a constrangimentos, caso faça da proposta do governador uma estratégia.

As preocupações do senador seriam ampliadas com a probabilidade, cada vez maior, de o senador ACM Jr., do DEM, também disputar o Senado na chapa de Paulo Souto. Neste caso, além do risco de ver os eleitores de Wagner despejando votos apenas em Lídice, ainda poderia ter que assistir o democrata disputando sua mesma faixa de eleitorado.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Teixeira de Freitas: ACM Neto diz que governo quer fechar escola por razões políticas

O deputado federal ACM Neto (DEM) afirmou ontem, na Câmara Federal, que recebeu informações de professores sobre a decisão do governo estadual de fechar o Colégio Estadual Ângelo Magalhães, em Teixeira de Freitas, ter sido motivada por razões políticas. Segundo o parlamentar, a decisão já teria sido publicada no Diário Oficial e o governo teria fundamentado a decisão em uma suposta baixa demanda de matrícula, mas que funcionários da instituição teriam levantado a tese de motivo político, porque estavam matriculados 850 alunos.

“Os professores e funcionários da escola acreditam que a Direc de Teixeira de Freitas queira acabar com a escola só porque ela foi batizada em homenagem ao ex-deputado Ângelo Magalhães, afinal a unidade de ensino recebeu investimentos recentes, tendo, inclusive, sua biblioteca restaurada. (…) Uma escola que possui 850 alunos matriculados para este ano não tem baixa demanda de matrícula. Essa é uma atitude criminosa de um governo que, além de não ter inaugurado novas escolas e de não contratar professores, decide também fechar unidades públicas de ensino de forma arbitrária”, acusou o democrata. Ângelo Magalhães foi deputado constituinte, faleceu em 2005 e era irmão do ex-senador ACM. (Thiago Ferreira)

Comissão do Senado aprova proibição de fumódromos

O projeto de lei que proíbe fumódromos em todo o País foi aprovado hoje pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. A proposta, de autoria do senador Tião Viana (PT-AC), tem o apoio do Ministério da Saúde e proíbe o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo, privado ou público. Com a aprovação na CCJ do Senado, o projeto segue para avaliação da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Da CAS, caso não haja manifestação por parte dos senadores para avaliar em plenário, a matéria segue para apreciação da Câmara dos Deputados. Se receber modificações nessa Casa, volta para análise do Senado. Atualmente, a lei federal proíbe o fumo em recintos coletivos, mas permite fumar em áreas destinadas exclusivamente a esse fim, desde que o local seja devidamente isolado e com arejamento conveniente – os chamados fumódromos. O novo projeto acaba com essas áreas. Informações da Agência Estado.

J. Carlos declara guerra contra “chapão” proporcional

O deputado estadual J. Carlos (PT) declarou guerra à proposta de se criar um “chapão” proporcional com todas as legendas que fazem parte da base do governador Jaques Wagner (PT), agregando as outras legendas que devem vir no fechamento do acordo eleitoral que será feito pelo governador. Segundo informações de petistas, o deputado e outros membros do PT responsabilizam o presidente da legenda Jonas Paulo pelas negociações em torno do chapão. “Sou a favor de alianças, como sempre aconteceu com o PT, PSB e PC do B, como aconteceu nas últimas eleições. Só não posso admitir que a coerência com os princípios que norteiam o nosso Partido sejam relegadas em nome de interesses outros e que nós, deputados do PT, sejamos prejudicados”, afirmou J. Carlos. O parlamentar informou ainda que agendou uma conversa com Wagner para reforçar o nome do ex-governador Waldir Pires (PT) para ocupar a vaga destinada ao Senado na chapa de Wagner. Informações do Além da Notícia.

Senado aprova habilitação gratuita para desempregados

O trabalhador desempregado e de baixa renda poderá ter gratuidade para tirar carteira de motorista e se qualificar para uma nova colocação no mercado de trabalho, de acordo com proposta do senador César Borges (PR) aprovada hoje pelo Senado, em decisão terminativa da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). De acordo com o senador, “com a habilitação, o desempregado melhora suas condições de acesso ao mercado de trabalho, mas a preparação e os exames custam muito caro”. O senador estima que o custo total da habilitação, do nível amador à categoria profissional, alcance entre R$ 700,00 e mais de R$ 1,5 mil reais. César Borges explicou que o projeto beneficia diretamente o trabalhador sem qualificação, que tem mais dificuldade para conseguir e manter razoável colocação no mercado.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Plenário aprova fundo social e beneficia aposentados

Texto aprovado reserva 5%, dos recursos de combate à pobreza, previstos no fundo para recompor as perdas das aposentadorias superiores a um salário mínimo. O texto também assegura aos municípios com menor IDH prioridade nos projetos para redução de desigualdades regionais com recursos do fundo.

A Câmara concluiu, nesta quarta-feira, a votação do substitutivo ao Projeto de Lei 5940/09, que cria um fundo social com parte dos recursos da exploração do petróleo do pré-sal para aplicar em programas de combate à pobreza, de enfrentamento das mudanças climáticas e de desenvolvimento da educação, cultura, saúde pública e ciência e tecnologia. A matéria ainda será votada pelo Senado.
A emenda mais polêmica aprovada reserva 5%, dos recursos de combate à pobreza, previstos no fundo para recompor as perdas das aposentadorias superiores a um salário mínimo. Isso porque o índice de correção aplicado pela Previdência Social reduz o valor inicial dos benefícios, quando expressos em número de mínimos.
A emenda derrotada previa apenas que os 5% seriam destinados aos segurados da Previdência, sem especificar qual uso deveria ser dado ao dinheiro.
O Plenário aprovou mais duas emendas ao substitutivo do deputado Antonio Palocci (PT-SP). Uma delas, do deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), garante a participação de um representante dos municípios no Conselho Deliberativo do Fundo Social.
A outra, do deputado Júlio Cesar (DEM-PI), melhora o texto para deixar mais claro que os municípios com Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média nacional terão prioridade nos projetos para redução de desigualdades regionais com recursos do fundo.
Royalties atuais.
Uma novidade no texto aprovado, em relação ao projeto original, é o direcionamento ao fundo de todos os recursos da União vindos de royalties e de participação especial relativos aos blocos do pré-sal licitados até 31 de dezembro de 2009.
Cerca de 28% da área do pré-sal já foram licitados de acordo com as regras vigentes, de concessão das áreas. Estima-se que somente os campos de Tupi, Iara e Parque das Baleias podem ter um total de 14 bilhões de barris. Se esse montante fosse completamente usado hoje, a União receberia cerca de R$ 160 bilhões em royalties e participação especial.
Segundo o relator, essa fonte de recursos é necessária para viabilizar o funcionamento do fundo. "Senão, ele levaria muitos anos para ser capitalizado", afirmou.
Bônus
Além dos royalties de pré-sal já licitados, o projeto destina ao fundo social parcelas dos royalties ganhos pela União com base no novo regime de partilha para a exploração do pré-sal, na forma de regulamento futuro.
O chamado bônus de assinatura, um valor único pago pelo vencedor da licitação no momento em que firma o contrato de exploração, também poderá ser direcionado, em parte, ao fundo. Outra fonte de recursos é a receita conseguida com a venda do petróleo que caberá à União no regime de partilha. Como o nome indica, nessa nova sistemática parte da produção será repartida entre a União e a contratada.

ALAGOINHAS: Vereador acusa assessoria de imprensa da prefeitura de má fé

O vereador Luciano Sérgio (PT) fez um discurso inflamado na sessão de ontem (4), acusando o jornalista Paulo Coutinho, da assessoria de imprensa da Prefeitura de Alagoinhas de ter usado de má fé contra ele.

Luciano Sérgio acusa o jornalista de ter feito montagem durante entrevista gravada por ele durante a abertura dos trabalhos legislativos transcorridos no dia 23, e usado o material durante no Programa Prefeitura e Você, veiculado nas emissoras locais.

“Ele abusou da minha boa fé”, disse o vereador Luciano, que vai requerer da prefeitura a gravação original e solicitar uma reparação do jornalista diante dele e dos demais colegas. “Se não houver reparação serei inimigo do governo, vou dormir, acordar, comer e trabalhar pensando nisso”, desabafou o vereador petista, que solicitou solidariedade aos demais colegas de plenário.

ALAGOINHAS: Edésio repudia proposta de criação de salário para filhos de presidiários

O vereador José Edésio Cardoso (PSDB) repudiou com eveemência a proposta do Governo Federal de editar uma Medida Provisória propondo a criação de um salário especial de R$ 786 para cada filho de presidiário do Brasil.

Ele acha que a família deve ser assistida, mas não compactua com um salário dessa monta para cada filho de detento. “Isso é uma afronta aos trabalhadores brasileiros que em sua maioria ganha salário mínimo”, disse o vereador.

ALAGOINHAS: Vereadora quer mais atenção às mulheres no mês de março

A vereadora Raimunda Florêncio (PRB) solicitou em plenário que o prefeito Paulo Cezar dê uma atenção especial às mulheres do município durante o transcurso do mês de março.

Ela disse que gostaria que a prefeitura ampliasse nesse período em que se comemora a semana da mulher, o atendimento na área de saúde, principalmente na realização de mamografias e exames ginecológicos.

Raimunda Florêncio falou também da importância da reinauguração da Maternidade Pública do município, obra que vem se arrastando há mais de oito anos.

ALAGOINHAS: Vereador Luciano Sérgio volta a falar do caos na saúde pública em Alagoinhas


O vereador Luciano Sérgio (PT) voltou a abordar a situação da saúde no município de Alagoinhas nas duas últimas sessões ordinárias da Câmara Municipal. Ele falou que a situação não está muito diferente da encontrada por ele em meados do ano passado, quando percorreu todas as unidades do PSF do município na sede e na Zona Rural.

A situação encontrada pelo vereador é crítica, e vai da simples falta de luvas para médicos e enfermeiros até a ausência de equipamentos e profissionais capacitados para fazer funcionar o setor.

A primeira denúncia do caos encontrado no setor da saúde em Alagoinhas foi apresentada na sessão de terça-feira (2) pelo vereador. Ontem (4) o vereador voltou a abordar o assunto, dizendo que em algumas unidades já havia sido feita a reposição de luvas e soro.

A situação mais grave, segundo o vereador petista, é a falta de profissionais, principalmente de médicos. “O atual governo começou sua administração com 18 médicos e agora tem apenas 8”, denunciou o vereador, que chamou a atenção também para a falta de ambulância, principalmente na localidade de Miguel Velho.

Ele sugeriu e os vereadores da Câmara Municipal de Alagoinhas aceitaram visitar conjuntamente todas as unidades do PSF do município. Segundo ele, a denúncia tem que ser comprovada in loco para que seja ecoada aos quatros cantos do município. A visita acontece na próxima segunda-feira, dia 8.

Vereadores trocam socos em Águas de Lindoia (SP)





O presidente da Câmara Municipal de Águas de Lindoia (SP), Joel Raimundo de Souza (PDT), foi ameaçado de morte pelo vereador Edson Âmbar (PSC) durante sessão plenária realizada nessa segunda-feira (8). A ameaça ocorreu após ambos entrarem em luta corporal na mesma sessão, junto com outras pessoas que acompanhavam a reunião.

A briga começou após Souza declarar o fim da sessão plenária sem empossar o vereador Ismael Rieli (PMDB), o que aumentaria o número de parlamentares da oposição. Com o encerramento da sessão, Âmbar e outros presentes começaram a ofender o presidente da Câmara com palavras de baixo calão. Em seguida, Souza e Âmbar trocaram socos e cadeiradas e, após o fim da briga, o vereador do PSC disse “eu vou te matar” ao presidente da Casa.

Em entrevista ao UOL Notícias, Souza afirmou que irá entrar com uma ação por danos morais, injúria e por ameaça de morte contra Âmbar, além de pedir a cassação do parlamentar por falta de decoro. “Eu estou andando com dois seguranças. Tenho que preservar minha vida, da minha esposa e dos meus filhos. É uma situação constrangedora”, disse.

O estopim da briga
Ismael Rieli foi eleito no pleito municipal de 2008, mas não tomou posse porque o Ministério Público em Águas de Lindoia entrou com ação na Justiça alegando que o município não poderia ter mais do que nove vereadores. Após Rieli recorrer com apelação, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu em favor da posse do vereador eleito.

Com a posse de Rieli, a situação deixaria de ter dois terços dos vereadores da Casa. A justificativa de Souza para não ter empossado o vereador eleito é que o TJ teria concedido um embargos infringentes, que suspenderia a posse até o fim do julgamento do processo.

Âmbar diz que o grupo político do qual Raimundo de Souza faz parte “manda” na cidade há quatro décadas e está com medo de perder a força com a posse do novo vereador. “Seria a primeira vez em 40 anos que eles não teriam os dois terços da Câmara”, diz. “Eles [a situação na Câmara] fazem parte de uma elite de latifundiários que detém 80% dos imóveis da cidade e mandam na Justiça comum e no Ministério Público”, afirma.

Apesar de as imagens mostrarem que Âmbar realmente ameaçou o presidente da Câmara de morte, o vereador nega a ameaça e diz que a gravação deve ter sido forjada. Âmbar faz também acusações a Souza. “É uma conduta dele descumprir o regimento interno da Casa. Por várias vezes ele me chamou de delinquente e xingou meus familiares”, disse.

A briga de ontem não foi a primeira da história recente da Câmara da cidade. Em janeiro de 2009, o ex-prefeito de Águas de Lindoia, Eduardo Nicolau Âmbar (PP), irmão de Edson, foi agredido durante a cerimônia de posse do atual prefeito Martinho Antonio Mariano (PSDB). A confusão teria se iniciado após Edson, então presidente da Câmara, tentar adiar a posse do tucano durante a sessão. Na época, o grupo de Âmbar aguardava o resultado de uma liminar que pedia a cassação do prefeito eleito.