terça-feira, 15 de dezembro de 2009

PT e PMDB voltam a trocar farpas em público


Quando se pensa que o PT e o PMDB baianos deram uma trégua no fogo cruzado, novos bombardeios surgem de ambos os lados para apimentar a guerra que ainda está por vir: as eleições de 2010. De olho no projeto de reeleição do PT, escolhido para ser o coordenador estadual do GTE (Grupo de Trabalho Eleitoral) que vai conduzir a campanha do governador Jaques Wagner (PT), o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, nem bem iniciou a jornada, mas já se mostra otimista. Contudo, não deixa de citar o PMDB como protagonista dos avanços do seu partido.
Com base na conjuntura política atual, Caetano acredita que o governador Jaques Wagner, do jeito que vai, ganha a eleição do próximo ano logo no primeiro turno. Ele acrescentou que o governo está consolidado, fortalecido e o fato é que “depois da saída do PMDB a administração estadual deu um salto considerável”.
Conforme avalia o petista, o governador foi sábio, soube recompor a base governista, “agregou novas valiosas lideranças” e agora está com plena tranquilidade e credibilidade para encaminhar a reeleição. “No PT, posso dizer que ele tem plena liberdade para formar a chapa”. Por fim, o prefeito de Camaçari garantiu que Wagner nunca esteve tão bem. “Ele vive uma fase excelente. Tanto do ponto de vista pessoal como político. O governo caminha a passos largos e ele está com elevada aceitação popular”.
Enquanto isso, o presidente do PMDB baiano, Lúcio Vieira Lima, que tinha dado uma trégua nos seus discursos polêmicos, voltou à cena com a língua ainda mais afiada. O peemedebista, após a confirmação oficial da saída do PV da administração estadual, sem esconder a felicidade, disparou que agora já são quatro partidos que abandonaram “o barco de Wagner”. Segundo ele, a debandada teve início com o PMDB e foi seguida pelo PTB, PPS e agora o PV.
“O governo agora tem que colocar a placa: o último a sair apague a luz. O próximo deve ser o PSB, por causa do palanque nacional para Ciro Gomes e muito mais pelo descumprimento e o desrespeito com a grande deputada que é Lídice da Mata”, destacou, referindo-se ao acordo não cumprido pelo governador Jaques Wagner com a socialista. Lídice nas eleições passadas abriu mão da sua candidatura para apoiar o petista Walter Pinheiro. Em troca, ela teria garantida uma vaga para disputar o Senado na chapa de Wagner. Contudo, na prática, ao menos até agora, nada está assegurado.
Colocando ainda mais lenha na fogueira, o ministro Geddel Viera Lima (PMDB), candidato declarado ao governo do estado, disparou que na Bahia, apesar do crescimento econômico e do emprego fruto das políticas do presidente Lula – o governo estadual não tem feito “nem o óbvio, como treinamento, equipamento adequado, melhores salários e ascensão na carreira por meritocracia dos policiais baianos”.
Conforme ele, no primeiro semestre deste ano, foram gastos só 30% de um orçamento de R$2 bilhões para a segurança pública. “É um nível de execução orçamentária medíocre”, afirmou. Para o ministro, só a vontade política pode mudar o quadro de violência, que faz de Salvador recordista nacional em homicídios e de Itabuna a cidade mais violenta do país para os jovens.

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