O próximo pleito se aproxima e a movimentação em busca de espaços já é nítida, tanto na Assembleia Legislativa da Bahia quanto na Câmara Municipal de Salvador. Na AL, pelo menos seis deputados estaduais vão tentar uma vaga na Câmara Federal em 2010. No que diz respeito ao legislativo municipal, a situação é ainda mais alarmante. Cerca de 14 - 12 para deputado estadual e dois para federal – , dos 41 vereadores eleitos na capital já estudam a possibilidade de partir para o embate, o que, consequentemente, pode resultar no esvaziamento da Casa.No âmbito estadual, até agora, dos 63 deputados, apenas seis manifestam interesse de trocar o quase certo pelo duvidoso e se lançar à disputa por uma vaga no Congresso Nacional. Entre eles está o líder do governo, Waldenor Pereira (PT), Edson Pimenta (PCdoB), Arthur Maia (PMDB), Maria Luiza Carneiro (PSC), José Nunes (DEM) e Luís Argolo (PP), confirmam a disposição para alçar voos mais altos. No entanto, é muito provável, embora caiba aos partidos decidirem o destino dos seus filiados, que até lá outros legisladores engrossem a lista.A surpresa, entretanto, ficou por conta da deputada Maria Luiza, que não esconde que via em ACM Neto (DEM) um “parceiro de trabalho”, com quem tinha intenção de concretizar uma possível dobradinha eleitoral, caso disputasse a reeleição para a Assembleia. Mas, com a mudança de planos, agora terá que brigar por votos com o seu antigo parceiro: “Poderia ter havido desgaste, mas isto não aconteceu. Minha decisão, da forma que foi, pelas vias naturais, não gerou constrangimentos”, garante.
CÂMARA - Já no que diz respeito ao legislativo municipal, apesar de o prazo para definição de candidaturas se estenda até o dia 1º de julho do próximo ano, partindo das datas de realização das convenções dos partidos, os vereadores de Salvador não perdem tempo e já começam a elaborar planos de trabalho.Pelo menos 14 parlamentares planejam disputar as eleições em 2010. Entre os postulantes está o estreante David Rios (PTB), que segundo circula nos bastidores irá se candidatar apenas por imposição do partido, que perdeu o deputado estadual Paulo Câmara para o PDT e outros nomes de peso para outras legendas. A vantagem é que o teste de popularidade em nada compromete o mandato que exercem na Câmara de Vereadores. Isso porque quem participará da disputa para deputado não precisa se desincompatibilizar da função que exerce no Poder Legislativo municipal. Se obtiver sucesso no pleito, assumirá o suplente. Caso contrário, têm o mandato de vereador garantido até 2012.O próprio presidente da Câmara, o peemedebista Alan Sanches, já declarou com exclusividade para a Tribuna da Bahia que só depende da autorização da sua legenda para encarar esse novo desafio.A lista é reforçada também com nomes como o do deputado estadual Arthur Maia, que vai tentar um voo mais alto, dos ex-prefeitos Misael Aguilar (Juazeiro) e Antônio Henrique (Barreiras). Ou de figuras conhecidas da política baiana, como os ex-deputados federais e ex-prefeitos Genebaldo Correia (Santo Amaro), Ubaldo Dantas (Itabuna) e Ubaldino Júnior (Porto Seguro).A disputa por uma vaga para deputado estadual também traz nomes desconhecidos, embora alguns tenham lastro eleitoral pelo grau de parentesco com lideranças tradicionais nos seus municípios. Este é o caso, por exemplo, do jovem Diego Maia, filho da atual prefeita de Candeias, Maria Maia, que segue a trilha da sua opositora Tânia Magalhães, que elegeu o filho Júnior Magalhães para o mesmo cargo na eleição passada. Há ainda os nomes do professor Abel (Vitória da Conquista), Marcio Veloso, filho do deputado federal Veloso (Ilhéus), Evaldo Martins, irmão do deputado federal Colbert Martins (Feira de Santana), Nestor Neto, ligado ao PMDB Jovem, e o de Pedro Tavares, chefe de gabinete do vice-governador Edmundo Pereira.
Fernanda Chagas ( Tribuna da Bahia).
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