quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Candidatura do PV vai abrir mais um palanque na Bahia

A decisão da Executiva Nacional do Partido Verde (PV) em lançar candidatos próprios aos governos estaduais deverá contribuir para a criação de mais um palanque eleitoral na Bahia. A decisão foi tomada no último sábado durante uma reunião realizada em Belo Horizonte, quando foi transmitida aos diretórios estaduais a necessidade de elaboração de um calendário para a construção dos palanques da pré-candidata da legenda à Presidência da República em 2010, a senadora Marina Silva. No encontro de Belo Horizonte, que aconteceu entre os diretórios da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerias e Rio de Janeiro, os representantes do PV baiano ouviram da direção nacional que “existe um quadro favorável para o lançamento de candidatura própria na Bahia”, cuja orientação já havia sido dada desde a semana passada.Contudo, o partido recebeu a notícia dividido entre a corrente que quer candidatura própria, liderada pelo presidente Ivanilson Gomes e os deputados federais Edson Duarte, Luiz Bassuma e Edigar Mão Branca; e a que quer apoiar a reeleição do governador Jaques Wagner (PT), integrada pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Juliano Matos, a diretora do CRA, Beth Wagner, e o ministro Juca Ferreira. O secretário estadual Juliano Matos definiu como “precipitada” a posição de Ivanilson Gomes, que defende o lançamento de candidato próprio ao governo estadual em 2010. “Já temos o palanque do governador (Jaques Wagner) para a Marina (Silva). Então, por que inventar outro nome do PV na Bahia?”, questionou o secretário, antes do encontro de Belo Horizonte. “Por que improvisar onde o PV tem uma relação muito boa com o governador e o PT? Não é hora de improvisar na Bahia”, reforçou Juliano.Prevendo a decisão da executiva nacional de sugerir a candidatura própria na Bahia, Juliano Matos disse que, ainda assim, o assunto teria que ser discutido amplamente. “A executiva nacional para tomar uma decisão, antes vai ter que fazer uma avaliação política no Estado”, disse. Lembrado sobre a complicação de se juntar num mesmo palanque um candidato à Presidência de um partido diferente do candidato ao governo estadual, ele argumentou que o PV pode armar um palanque para Marina Silva na Bahia estando apoiando a reeleição de Wagner. “A posição da Marina não será anti-Lula ou anti-Wagner. Não significa o contraditório automático. Até porque ela fez parte do governo. Serão críticas construtivas, no sentido de aperfeiçoar o projeto”, explicou.
Fonte: Evandro Matos ( Tribuna da Bahia)

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