quinta-feira, 1 de abril de 2010

Projeto capacita jovens do litoral norte baiano

Após sete meses trabalhando como auxiliar de náutica em um resort em Praia do Forte, Érique Soares, 23 anos, trilhou o caminho do empreendedorismo e está dando aulas de surf em Imbassaí há três meses. “Estou pondo em prática todo o conhecimento que aprendi”, afirma. Ele é um dos jovens que já foram beneficiados pelo projeto Alternativas de Renda – Formação de Jovens para o Turismo, que iniciou mais uma edição na última terça-feira, na sede da Associação dos Moradores do Diogo e Santo Antônio (AMDSA), no município de Mata de São João.

O projeto, realizado pelo Instituto Oikos/Pangea, Concessionária Litoral Norte (CLN) e Instituto Invepar, pretende qualificar jovens das comunidades do entorno da BA-099, entre 16 e 29 anos, que estejam em situação de vulnerabilidade social e fora do mercado de trabalho.

Nesta nova etapa, os beneficiados são de Diogo, Vila Sauípe, Curralinho, Malhadas, Nova Malhadas, Açu da Torre e Areal, do município de Mata de São João; e Porto Sauípe, que pertence a Entre Rios. A turma tem 30 inscritos e, durante três meses, eles terão aulas de história, atrativos turísticos da região, empreendedorismo, alimentos e bebidas, turismo sustentável e meio ambiente.

“Vejo como uma oportunidade de obter conhecimentos nessa área e depois até cursar uma faculdade de turismo, além de disseminar esse conhecimento para outras pessoas”, ressalta Robson Abade, 24 anos, um dos beneficiados nessa nova etapa.

De acordo com uma das educadoras do curso, Ana Oliveira, a metodologia será voltada para o mercado de trabalho, porém de forma lúdica. “Vamos trabalhar com outras linguagens, como música e cinema e, através da arte, trazer exemplos para eles entenderem melhor a mensagem”, destacou.

ASSOCIAÇÃO DE TURISMO - Em paralelo ao início das aulas da nova turma do curso, está em fase de surgimento uma associação de turismo comunitário, que será gerida por 20 ex-alunos que participaram de etapas anteriores. O objetivo do projeto é valorizar e preservar a região. “O plano inicial é montarmos uma agência para mostrarmos aos turistas as características típicas locais, como o samba de Dona Laurinha, por exemplo”, explica uma das gestoras, Sirlene Santiago, 18 anos. Para a coordenadora do Instituto Oikos no Brasil, Simona Isidori, a meta é encontrar parcerias e adotar o turismo sustentável. “Eles mesmos vão organizar limpezas, divulgar eventos culturais e feiras da região”, detalha.

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