As mudanças promovidas pelo governador Jaques Wagner (PT) no secretariado na semana passada, aproveitando as exigências da lei eleitoral para o prazo de desincompatibilização, promoveram significativa alteração na correlação de forças no governo envolvendo seus auxiliares diretos, o PT e políticos aliados.
Figuras como Rui Costa, um verdadeiro fracasso de público que comandou sob críticas constantes a pasta das Relações Institucionais, e Eva Chiavon, que continua como secretária da Casa Civil, saíram da reforma que removeu nove secretários e alguns dirigentes de órgãos mais fortalecidos que entraram.
A mesma sorte não teve o ex-secretário Walter Pinheiro (Planejamento) nem a Democracia Socialista, corrente petista da qual é um dos principais expoentes. A maior vitória de Rui Costa foi ter conseguido fazer César Lisboa seu sucessor na secretaria de Relações Institucionais.
Totalmente desconhecido nos meios políticos, mas com fama de muito tratável, o que o coloca a léguas de distância do ex-chefe, Lisboa teria sido empurrado por Rui goela a dentro da administração contra o peso pesado petista Marcos Lima, ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República (veja abaixo).
Considerada uma outsider no governo e no PT local, a gaúcha Eva Chiavon teve aparentemente seu questionável papel de “gerontona” da administração reforçado, ao conseguir emplacar – ninguém sabe exatamente como – um conterrâneo como sucessor de Juliano Matos na secretaria de Meio Ambiente.
Do novo feito – ou mal feito da “pequena Eva”, como é conhecida na intimidade do governo – os petistas baianos, a bem da verdade, ainda não se refizeram. Reforçando sua posição, Rui ainda deixou no governo Cícero Monteiro, apesar da forte relação de amizade do ex-gestor da Cerb com a família do governador.
Quer se queira ou não (talvez seja melhor não querer), Monteiro é a principal revelação do governo. Chegou à administração pelas mãos de Wagner, conseguiu tornar-se extremamente querido entre os políticos da base e assumiu a secretaria de Desenvolvimento Urbano brandindo apoio a Rui.
Ele substitui Afonso Florence, segundo membro da Democracia Socialista que, a exemplo de Pinheiro, não conseguiu emplacar o sucessor. O novo secretário de Planejamento, Paulo Valença, teria sido indicado na cota pessoal do governador, com uma indefectível “forcinha” de Rui.
Com as mudanças, a DS, que começou com três, ficou com um único representante no governo Jaques Wagner: o chefe da Agência de Comunicação, Robinson Almeida, que continua, ao que parece, muito estimado pelo governador.
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