quinta-feira, 1 de abril de 2010

Dez governadores devem renunciar

A aproximação do prazo final de desincompatibilização eleitoral, no Sábado de Aleluia (3), provocará esta semana a troca de comando em pelo menos dez estados. Com vistas às eleições de outubro, anunciaram que deixarão os cargos os governadores do Mato Grosso, Amazonas, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rondônia, Goiás, Amapá e Piauí. Santa Catarina já está de governo novo. Hoje, assume o vice-governador Leonel Pavan (PSDB) no lugar do então governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB).

A Lei Eleitoral exige que ocupantes de cargos no Executivo se afastem do posto para concorrer a um mandato diferente ao que exercem atualmente. A obrigação visa a garantir uma disputa justa entre os candidatos, muito embora não enquadre na regra os postulantes à reeleição.

A debandada dos governadores teve início ontem, quando saíram do cargo Blairo Maggi (PR), do Mato Grosso; Eduardo Braga (PMDB), do Amazonas; Wilma de Faria (PSB), do Rio Grande do Norte, e Aécio Neves (PSDB), de Minas Gerais. Hoje é a vez de Roberto Requião (PMDB), do Paraná, e Ivo Cassol (PP), de Rondônia.

Em Goiás, o governador Alcides Rodrigues (PP) deixará para o último dia a decisão de sair do cargo. O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), desincompatibiliza-se até a data máxima prevista, no sábado. Góes concorre ao Senado. No Piauí, o governador Wellington Dias (PT) deixará o governo amanhã para concorrer ao Senado - sonho comum da maioria dos futuros ex-governadores.

REELEIÇÃO - Em 13 estados, haverá disputa pela reeleição. Pelo PMDB, cinco governadores tentarão a recondução ao cargo: André Puccinelli, no Mato Grosso do Sul; Sérgio Cabral Filho, no Rio; Roseana Sarney, no Maranhão; Carlos Henrique Gaguin, no Tocantins; e José Maranhão, na Paraíba. Pelo PT, tentam a reeleição Ana Júlia Carepa, no Pará; Marcelo Déda, em Sergipe, e Jaques Wagner, na Bahia. Entre os tucanos, concorrerão Teotônio Vilela Filho, em Alagoas; José de Anchieta, em Roraima, e Yeda Crusius, no Rio Grande do Sul. No PSB, Cid Gomes tenta recondução ao governo do Ceará e Eduardo Campos, ao de Pernambuco.

Com a chancela do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que interveio no Rio de Janeiro de olho na construção de um palanque forte para Dilma, Cabral já abre 18 pontos de vantagem sobre os principais adversários, de acordo com a última pesquisa Vox Populi, de março. O peemedebista angaria 38% das intenções de voto, à frente do ex-governador Anthony Garotinho (PR), com 20%, e do deputado Fernando Gabeira (PV), com 18%.

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