terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Bacelar critica justificativa de Wagner para aliança com Borges

Em pronunciamento na Assembleia Legislativa, na tarde de ontem, o deputado João Carlos Bacelar (PTN) rotulou como o “incentivo ao mais deslavado fisiologismo político” o discurso do governador Jaques Wagner (PT) sobre o fim do carlismo, para justificar a possível adesão do senador César Borges (PR) à sua chapa.”Não tem ideologia nem programa de governo. É uma mistura só. Nós, que dedicamos a nossa vida à política, ter que se submeter às vontades do capitão…”, disse, se dirigindo a Javier Alfaya (PCdoB).

Bacelar fez uma breve análise da mensagem lida pelo governador em solenidade da abertura dos trabalhos na Assembleia, na quinta-feira, 18. O deputado foi irônico ao comentar sobre a necessidade de valores familiares para o combate à violência no Estado: “V. E. não é bispo, nem presidente da CNBB. Segurança pública se resolve com armamento, com efetivo, com investimento e não com valores”, disse. Ele destacou a política de segurança do governo de São Paulo, onde, segundo garantiu, o índice de homicídios por 100 mil pessoas é de 11 ao ano, enquanto na Bahia é de 39, e em Salvador é de 58, sendo o maior entre as capitais.

O deputado rebateu as declarações do governador colocando a Bahia como o Estado no Nordeste com maior transferência voluntária de recursos do governo federal. Segundo ele, a Bahia está na “lanterna”, com R$ 14 per capita ao ano de transferência federal, enquanto o Rio Grande do Norte e o Piauí recebem R$ 19, o Ceará R$ 29, o Rio Grande do Norte R$38 e Pernambuco R$39.

As críticas se direcionaram também ao total de 400 mil pessoas alfabetizadas pelo Programa TOPA. “Nem Fidel Castro atingiria esse número. O PNAD realizado ano passado revelou 14 mil alfabetizados”, debochou. “Enquanto isso ele (Wagner) fala na velhinha de 90 anos que aprendeu a escrever e chora. João Henrique (prefeito de Salvador) está fazendo escola”, disse, se referindo ao hábito do peemedebista de se emocionar em público.

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